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Eu ainda estava na casa de Henrique, porque a mansão está passando por uma reforma e eu não queria alugar ou comprar um apartamento por enquanto.
Caminho em direção a cama, após tomar meu banho, observando a roupa que irei vestir. O vestido escolhido é simples, como Clara não especificou o tipo de festa que iremos, optei por um vestido preto curto, com mangas longas e um lindo decote.
Visto-o me e fico me admirando no grande espelho do quarto de Henrique. Por mais que sua casa seja bem grande, não tem um quarto de hospedes, apenas uma suíte. Tive que insistir muito pro meu irmão ceder um espaço para montar um quarto pra mim.
Faço uma maquiagem leve, pois não costumo usar maquiagem. Passo um batom vermelho, com o objetivo de por a atenção em minha boca e no colar brilhante em meu pescoço.
Clara iria me buscar, então sento-me no sofá para esperar sua mensagem.
Henrique está fora da cidade neste final de semana, pois o mesmo está resolvendo algumas questões internas em sua divisão. Amélia está passando um período na casa da irmã, deve voltar daqui a duas semana. No dia do atentado, Amélia já havia ido a casa de sua irmã. Meu maior medo era que acontecesse algo com ela também. Felizmente, não houve nenhum outro ferido.
Cecília, estou em frente ao seu prédio — Ruiva.
Pego minha bolsa e saio do apartamento. Espero o elevador, que foi bem rápido. Passo pelo porteiro dando um "Boa noite", recebendo o cumprimento também. Observo o belo carro para em frente ao portão- e que carro-. A Mercedes Benz Amg GT 43, brilha mesmo a noite, os vidros se abaixam enquanto me aproximo do carro e a cabeleira avermelhada de Clara aparece.
Clara desce do carro e abre a porta para mim, antes que eu entre no carro, ela me da um abraço apertado, o qual eu correspondo. Adentro ao belo veiculo e sento-me no banco traseiro, tendo a visão da pessoa dirigindo e Clara no banco do carona.
— Cecília, este é o meu irmão, Michael. Michael, esta é Cecília Walker. — Ela nos apresenta animadamente.
— Cecília, irmã de Henrique?— Ele pergunta me olhando pelo retrovisor.
— A própria. — Respondo-o. Ele sorri de lado e volta a prestar atenção no caminho.
Michael Picciotto, filho mais velho de Roberto Picciotto e irmão por parte de pai de Clara. Não posso esquecer de mencionar que ele é líder da gangue que o seu pai originou. Não poderia deixar a segurança do meu pai nas mãos de uma pessoa que não conhecia, por isso, fiz meu dever de casa assim que encontrei com Roberto a primeira vez.
Clara colocou uma música para que pudéssemos ouvir enquanto íamos para o local, agora eu sei que é uma boate. Em alguns minutos chegamos a porta da WCH, sorri ao reconhecer o lugar, que está maior e mais bonito que da ultima vez que vi.
