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Eu e Clara havíamos chegando em casa e estávamos esperando por notícias de Cecília. Ela estava certa de que seria sequestrada hoje, mas nada aconteceu e quando ela saiu do hotel, havia nos avisado.
— Enzo!— Ouço um chamado por parte de Clara.
Corro na direção de sua voz e encontro a mesma na cozinha. Clara estava com o mão no peito e o rosto pálido.
— O que foi, Ruiva?— Me apresso, correndo em sua direção.
— Uma aperto no meu peito. Foi muito forte, Enzo.— Seu olhar demonstra pânico.— Aconteceu alguma coisa com a Cecí, eu sinto isso.
Merda...
Ajudo Clara a sentar-se na cadeira e pego meu celular rapidamente. Ligo para a primeira pessoa que Cecília havia me mandado, caso não soubéssemos quando e onde foi sequestrada.
— Ghost?— Uma voz robótica responde a chamada. — Preciso que rastreie o carro que Cecília estava hoje.— Peço.
— As informações serão enviadas em alguns minutos.— Informa.
— Ghost vai rastrear o carro dela.— Aviso, na tentativa de acalmar Clara, que estava chorando.
— O pressentimento é muito ruim, Enzo. Não quero que nada aconteça a ela, por favor.— Abraço-a com mais força.
— Não vou deixar que nada aconteça com ela. É uma promessa que fiz a ela e, agora, farei a você. Cecília e você, são as pessoas mais importantes na minha vida, Clara.— Ela sorri levemente, mas volta a chorar, enquanto me abraça.
Meu celular vibra, notificando uma mensagem.
"Hollywood Boulevard - Localização estática. O carro não se movimenta a 30 minutos.
Acessar localização"
— Meu amor, vou pedir para que fiquem aqui com você.— Falo. Mesmo chorosa e receosa, Clara assente.
— Toma cuidado, por favor.— Beijo seus lábios e me despeço.
Mando mensagem para Dakota, ela é uma das poucas pessoas em que confio a segurança de Clara.
— Derek, Cecília foi sequestrada, vamos para o primeiro passo.— Não espero a confirmação dele, para desligar a chamada e seguir para o galpão.
Cecília me deixou no comando da operação de seu resgate, contando com o apoio de Derek, Henrique e das Viúvas Negras.
Chegando ao galpão, consigo perceber a movimentação intensa dos soldados. Eles estavam prontos para o resgate.
Saio do carro e logo Derek vem em minha direção. Sua expressão é a mesma de sempre, as vezes nem parece que ele tem sentimentos ou qualquer coisa do tipo.
— Ghost já começou a rastrea-la pelo brinco.— Informa. Mesmo não transparecendo, Derek estava nervoso com tuda a situação, como qualquer um de nós.
— Certo. Henrique e Elizabeth já chegaram?— Pergunto, recebendo a confirmação de Derek.
— Elizabeth já estava aqui e Henrique chegou a pouco tempo, estão todos na sala de reuniões.— Informa enquanto caminhamos pelo galpão.
— O sinal está bem fraco, mas conseguimos uma localização.— Henrique nos informa, assim que abre a porta da sala.
— Precisamos mandar um drone, para seguirmos com o plano.— Falo.
— Vou pedir para que as Viúvas façam isso.— Elizabeth fala, enquanto digita rapidamente no celular.
— Benjamin já foi informado?— Henrique pergunta. Assim como eles, nenhum de nós teve notícias dele nesses últimos tempos.
— Provavelmente não. Não tivemos notícias dele nesse período, assim como você.— Derek responde.
— Serio? Aquele velho nem se deu ao trabalho de enviar uma mensagem de bom dia? Mesmo após ter quase morrido?— Pergunta sarcasticamente. — Eu quase morri e aquele velho nem aí. Não me surpreende não saber que a filha sumiu também.— Sua fala é carregada de escárnio.
Após o atentado a sua vida, Benjamin entrou em reclusão. Inicialmente, eu achei que era por pura preservação, mas após o sequestro de Henrique, eu percebi que era apenas para proteger o próprio umbigo, enquanto ele deixa seus filhos fazendo o trabalho sujo.
Por mais que Benjamin tenha me dado auxílio quando eu mais precisei, não sou idiota ao ponto de deixar que a gratidão me cegue. Vivo nessa família a tempo demais, para saber que ele está se escondendo de algo e usando os filhos como escudo.
— Não é hora para lamento.— Falo.— Nosso objetivo é encontrar Cecília e trazê-la a salvo. — Por incrível que pareça, Henrique senta-se e não me refuta.
— O drone está no ar, logo iremos receber as imagens em tempo real.— Elizabeth informa.
— A localização é um pouco distante, então levará alguns minutos.— Caminho próximo a Elizabeth, para que eu pudesse ver a câmera também.
Poucos minutos depois é mostrado a imagem do drone em um prédio. Por mais que ele fosse abandonado, possuía uma construção solidificada e sem sinais de que pudesse cair.
O drone avança, adentrando ao prédio. A pouca iluminação nos ajuda a perceber que ali, era um bordel também. Diversas mulheres estavam deitadas no chão, sem esboçar nenhuma reação.
Ao redor delas, não havia ninguém. O drone se aproxima mais delas, confirmando nossa teória, de quê elas estavam totalmente desacordadas.
A porta principal é aberta abruptamente, fazendo com que uma das agentes recusasse com o drone apressadamente, fazendo com que ele batesse na parede e perdesse a estabilidade.
A líder das Viúvas Negras ativa o som, para que pudéssemos ouvir e sinto meu coração doer, ao ouvir a voz que vinha da porta.
— Me solta! Me solta!
A voz de Cecília soa por toda sala e vejo a expressão de Henrique mudar completamente. Os olhos do irmão mais velho de Cecília está lacrimejando. Henrique encara a imagem na tela como se estivesse tento um dejavu.
Viro-me e vejo Derek com a mesma expressão, presente em Henrique. Eles estão relembrando o pior o momento, não só da vida de Cecília, como da vida deles também.
Meu coração se aperta. Ela não deveria estar passando por isso sozinha.
O saco preto que cobria o rosto de Cecília é removido e podemos ver seu rosto. Eles haviam batido nela, havia um corte em seu supercílio, mostrando que ela bateu a cabeça com força.
— Vê se dorme agora, piranha.
Logo em seguida, injetam algo em Cecília, fazendo-a cair no chão com tudo e em poucos segundos.
— Eles vão traficar ela, não podemos deixar que isso aconteça!— Henrique fala de forma rápida e exasperada.
— Eu sei, estamos preparados para bater de frente com eles e matar o máximo deles possível. Vamos trazer ela de volta a qualquer custo e matar aquele filho da puta.— Falo com convicção.
— Ela não será traficada e não podemos sair daqui agora.— Elizabeth se pronuncia, fazendo com que tivesse nossas atenções voltadas a ela.