32°

299 9 1
                                    

Eu não pedi por isso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu não pedi por isso...


Em todos os contos de fadas, HQ's e dentre outros, existem sempre um herói e um vilão.

Mas quem os definem como heróis ou vilões?

Isso mesmo, quem conta a história.

Obvio que ninguém é perfeito, os erros são para mostrar as pessoas que elas são humanas.

Desde o momento que assumi os deveres da máfia, ouvi que eu era o vilão, mas por quê? Sou vilão por querer o que é meu por direito e me foi negado?

Quando iniciei essa jornada, ouvi de muitas pessoas que era locura, afinal, havia se passado muitos anos e eu não poderia recuperar o tempo perdido.

O que não é mentira, mas é eliminar o meu maior sonho. Não estou disposto a abrir mão dele. E acabarei com qualquer um que tentar me impedir.

— Chefe, perdemos o rastro de Unknown.— Sou alertado por um subordinado.

Estávamos no rastreio de Unknown a alguns meses, algo que foi extremamente difícil, afinal, é um desconhecido que não sabemos absolutamente nada sobre.

— Fale com Tate. Agora pode ir— Falo para o homem se retira em poucos segundos.

Precisamos saber os movimentos de Unknown para entendermos como devemos aborda-lo. O poder que possui não só em seu território, como em outros, é de extrema importância para o que eu tenho em mente.

Não quero o poder, que fique claro. Não me importo com isso.

Eu quero o que é meu, apenas.

Unknown é a chave para o que eu quero. Não importa se eu tiver que me aliar a pessoas duvidosas, como agora. Pessoas assim são descartáveis e a partir do momento que não servirem mais, serão jogadas fora.

— Como você pode estar tão tranquilo, sabendo que Unknown sumiu, porra?— Sua voz exaltada me fez encara-lo.

— Com quem você acha que está falando?— Pergunto me levantando e indo em sua direção.

— Desculpe por isso.— Mentiu. Minhas mãos apertam seu pescoço com força e empurro o homem em direção a parede.

— Eu estou sendo paciente com você, Richard, mas não ache que você tem poder ou controle sobre mim. Eu mato você a qualquer instante.— Aviso.

Vejo seu rosto mudando de cor e o solto, observando o homem loiro puxar o ar com força para seus pulmões.

Richard foi uma aliança arriscada, ele possui alguma ligação com a família Walker que eu não sei completamente, o que me deixa desconfiado.

Mas é como o ditado:"Deixe seus amigos pertos e seus inimigos mais ainda".

Não gosto de confiar em ninguém, afinal, já fui traído tantas vezes que não sei mais o significado desta palavra. Por isso, tomo muito cuidado com qualquer pessoa a minha volta.

— Por mais que eu queira saber todos os passos dele, eu sei que isso é impossível. Vamos nos contentar com as informações que temos até agora e agir com elas.— O loiro me encara, após conseguir estabilizar sua respiração.

— Se você chegar a Cecília, não pode deixar que Unknown fique por aí solto. Não sabemos exatamente sua relação, mas Unknown é a única pessoa que tem tudo em suas mãos. Se eu fosse você colocava o plano em prática ou perderá tudo o que conquistou.— O homem sai minha sala.

Ele não está errado, mas agir com muita emoção, é algo que eu repúdio. Agir com emoção só mostra suas fraquezas e te impossibilitada de realizar seu objetivo com clareza.

E sou o exemplo vivo disso. No início, eu deixava as minhas emoções me guiarem, mas não me foi util, porque eu ficava andando em circulos e sendo feito de idiota. A única emoção que deixo transparecer é a raiva.

Que sendo usada da forma correta, me impulsiona cada vez mais ao meu objetivo. Mas calma, a minha raiva não é de toda família Walker, mas apenas de Benjamin Walker.

Aquele velho maldito é o motivo de tudo isso, por seu egoísmo e luxúria, ele fez a minha vida virar um inferno. Por isso ele foi o primeiro.

Não que eu tenha algo contra Henrique Walker, o garoto é apenas um peão do pai narcisista, mas como ele tem ligação com Unknown, eu precisava dar um aviso.

E ele entendeu, tanto que buscou Henrique e o fez desaparecer, não temos nenhuma informação sobre Henrique, após o resgate dele. Algo preocupante, para falar a verdade.

Porque mostra que Unknown tem mais poder do que eu imaginava. É um oponente a minha altura. Gosto dessa adrenalina.

Mas não será por muito tempo. Infelizmente, não poderei deixá-lo vivo, após conseguir alcançar meu objetivo. Unknown não parece o tipo de homem que me deixaria destruir tudo o que construiu e a machucar os seus, sem se vingar.

Tudo está correndo conforme o planejamento e logo, logo, estarei com meu plano completo, podendo finalmente, desfrutar do que me foi negado.

[...]

— Senhor, temos uma localização de Unknown.— Tate me informa da porta da minha sala. Confirmo com a cabeça, me levantando da mesa e o seguindo.

Ao chegar em sua sala, repleta de computadores, Tate me mostra uma localização.

Eu sabia exatamente onde era e que lugar era aquele.

— Envie para mim e apague. Não conte ou mostre a ninguém.— Ordeno. Segundo depois a localização é enviada para o meu celular e as informações que antes estavam nas telas, somem.

— Quero que fique atento apenas na minha localização agora. Se você perceber que há algo errado, apenas você poderá seguir a localização indicada.— Tate era o único que eu sabia, que mesmo me odiando, não iria me trair.

— Sim, senhor. Ficarei observando. Toma cuidado.— Sorri para ele, seguindo rapidamente pelo corredor. Adentro a minha sala e pego uma mochila, guardada por mim.

Sigo em direção a saída da minha base, sem ser notado. A única pessoa que realmente está atenta a todos os meus passos não está aqui, o que é estranho, mas não ao ponto de me incomodar.

O carro de Tate é avistado por mim, entro no mesmo e dou partida no veículo em direção a localização enviada para o meu celular.

A localização é de um parque, mas não qualquer parque. É um parque escondido, e o mesmo local que conheci a mulher por quem fui completamente apaixonado. Marcar um encontro neste local, mostra que

Unknown sabe quem eu sou...

CECÍLIA WALKEROnde histórias criam vida. Descubra agora