— Eu quero que busquem aquela ruiva. E mantenham essa daqui supervisionada a todo instante. — Richard aponta e aproxima-se de mim.— Você está mais levada que antes, Cecília. Eu gosto disso, mas não acabe com minha paciência.— Aperta minha mandíbula com sua mão e depois a solta rispidamente. Richard passa pela porta e não consigo mais ouvir seus passos.Eu espero que Clara esteja realmente protegida, eu conto com isso, para minha próxima ação. Espero que os homens encarregados de acha-la saiam. Eles tem exatos 7 minutos.
6 minutos...
5 minutos...
4 minutos....
3 minutos...
2 minutos...
1 minuto...
Retiro o dispositivo da bota, sem que percebessem. Aperto o botão e arremesso o dispositivo para longe. Tampo meus ouvidos e abaixo a cabeça, ouvindo o som de explosão.
Uma fumaça começa a tomar conta do ambiente, de maneira rápida. O ar começa a pesar e ouço algumas tosses. Se eu não fosse treinada, provavelmente estaria da mesma forma.
Em pouco tempo sou rodeada por homens armados, que me erguem e me fazem andar até o segundo andar. A fumaça conseguiu atingir boa parte do local, espero que entendam e façam com que esses filhos da puta na consigam enxergar e muito menos respirar.
O quarto que sou colocada é grande, mas não muito seguro. As portas parecem ser resistentes e apenas quatro, ficam dentro do quarto comigo.
Fico encarando a porta, na esperança que eles já tenham chegado e entendido o sinal. Em poucos minutos, ouço os sons de tiro, me fazendo sorrir de lado.
— Vocês possuem alguma última palavra?— Chamo atenção deles para mim, enquanto sorrio para eles.
Suas expressões mostram que não entenderam nada e logo seus corpos caem no chão sem vida, quando Marcus Delaney, líder dos Dark Skulls, adentra ao quarto e rouba suas atenções de mim.
Volto com minha expressão normal e vejo o homem caminhar apressadamente em minha direção, com uma expressão preocupada.
— Você está bem? Ele bateu em você, não foi?— Ele fala tão rápido que quase não consigo entender o que disse e acabo ficando calada.
— Eu fico com ela, desçam para auxiliar Enzo, ele vai precisa. A levarei para um local seguro.— Don olha para Marcus, que logo entende e se retira, levando os demais com ele.
Don Pablo coloca a mochila que estava em suas costas na cama e sorri para mim.
— Está na hora, Unknown. — Ele aponta levemente com a cabeça para a mochila.
Sorrio levemente e começo a tirar o equipamento da mochila. Coloco a roupa tática por cima da que eu estava, troco as botas e, por último, ponho minha máscara. Sinto falta das armas, mas acredito que seja difícil andar por aqui com mais de duas armas no corpo.
— Não deixaria você sem a sua queridinha.— Ele retira das costas uma Glock na cor dourada.
— Isso sim é planejamento. Você foi uma ótima escolha de parceria, Don. Agradeço por todo apoio prestado. — Digo com sinceridade. Don sorri e me abraça rapidamente.
— Eu sei que para ser um bom líder, precisa realizar sacrifícios, entretanto, a alguns sacrifícios que não valem a pena serem feitos. — Não entendo ao certo o que ele diz, mas confirmo de qualquer forma.
— Agora vamos.— Don me entrega as munições e saímos do quarto.
Os sons de tiro não cessaram, pelo contrário, só aumentaram. Não havia percebido a quantidade de inimigos presentes nesse local abandonado.
Don parece lembrar de algo e logo me para.
— Ajusta a frequência do comunicador da máscara.— Pede e assim faço.— Todos vão te ouvir agora.— Avisa.
— Eu quero um relatório rápido da situação.— Peço e logo ouço uma voz diferente do que estou habituada. — Quem está falando?— Pergunto.
— Desculpe, Unknown. Sou o agente do Dark Skulls, Donovan. — Apresenta-se
— Certo, Donovan. Quero que você repita o que disse.— Falo enquanto continuo a caminhar pelo local. Don me guiou para o andar de cima, pois, segundo ele, é aonde estavam Enzo e Marcus.
— Estão chegando mais carros com homens do Richard. Aparentemente, a máfia russa está dando total apoio para ele, afinal, é conveniente para eles a sua cabeça. Estamos dobrando nosso reforços. As mulheres traficadas já foram resgatas e estão sendo encaminhadas para um local seguro. As Viúvas daqui a pouco estão aqui. O mapa da floresta está quase pronto, faltam alguns metros para que seja compartilhado com todos. Até o memento, essas são as informações importantes.
— Agradeço por seu trabalho, Donovan.
Desligo a escuta enquanto subimos as escadas. Conseguimos ouvir sons de conversas e gemidos de dor.
— Fala logo o que você sabe, seu velho de merda.— A voz de Marcus é entendia por mim e em seguida, um gemido de dor, após ele acertar o soco em alguém.
Me aproximo dele, que estava dentro de um quarto, com a porta quebrada, ao lado dele estava Enzo, que encarava a pessoa no chão com ódio, ao seu redor, estavam outros agentes. Adentro ao quarto, tendo a visão de Ricardo com o rosto sangrando, mas com um sorriso presunçoso nos lábios.
— O que está havendo aqui?— Chamo atenção com minha voz e o sorriso de Ricardo aumenta.
— Unknown chegou, manda seus ratinhos me soltarem. Agora.— Tenta mandar em mim. Solto uma risada sarcástica.
— Quem você acha que é para mandar em mim?— Me aproximo dele, que continua a me encarar.
— Ué, vocês precisam de mim. Morto, não dá né?— A sua garantia não se torna valiosa para mim.
— Por que ele está aqui?— Pergunto, olhando para Enzo.
— Ele ajudou Richard a chegar na Clara.— Encaro novamente o homem no chão. Meu olhar é de ódio, uma pena que ele não pode ver.
— Não o matem, esse dever não é nosso, mas tirando isso, podem fazer o que quiserem.— O sorriso do velho morre e sua expressão muda para uma assustada, diferente da de Marcus, que se torna ainda mais animada.
Me retiro da sala, ouvindo os gemidos de dor do pai de Clara e Michael. Sinto uma mão no meu ombro, e estou preparada para quebrar o braço da pessoa, quando vejo ser Enzo.
— Fico feliz que está bem.— Diz próximo a mim. Coloco minha mão no seu ombro.— Toma, eu sei que você gosta de usar a sua arma de ouro em momentos apropriados.— Tira sua metralhadora do ombro e me entrega.
— Você não pode ficar sem arma.— Tento devolver.
— Não se preocupe, Michael está trazendo outra para mim.— Antes que eu faça outra pergunta, Enzo fala:— Ele está preocupado com você, muito preocupado. Está disposto a fazer qualquer coisa pela sua segurança. Você sabe o que deve fazer agora, Unknown.— Enzo vira-se, e volta para o quarto.
Me viro e vejo Don me encarando.
Eu sei...
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CECÍLIA WALKER
FanfictionEm um mundo que duvidam de você e ignoram seu potencial, você só tem uma escolha: Mostrar para todos o quão forte é!