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Sinto minha cintura pesada e observo o braço que a rodeava

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Sinto minha cintura pesada e observo o braço que a rodeava. As lembranças da madrugada me atingem.

Puta que pariu...

Sinto a respiração de Michael em meu pescoço e, em seguida, um beijo no mesmo local.

— Bom dia, Cecí.— Fala em meu ouvido.

— Bom dia, Mich.

Ele me vira, para que eu ficasse de frente para ele. Ver seu sorriso, me faz sorri automaticamente. Michael me beija, enquanto acaricia meus cabelos.

Somos interrompidos pela campainha. Me levanto a contra gosto.

— Pera aí.— Grito, para quem quer que esteja do outro lado da porta.

Corro rapidamente para o quarto, pegando um roupão e voltado, parando em frente a porta. O olho mágico mostra a silhueta de uma pessoa que estou habituada a ver diariamente.

Abro a porta e olho com a expressão facial fechada, para o homem do outro lado.

— Bom dia para você também, sua mal educada.— Enzo cruza os braços na altura do peito.

— Está fazendo o que aqui e nesse horário?— Pergunto.

— Vim fazer caridade, ué.— Fala levantando um saco plástico. Sinto o cheiro do pão fresco e minha barriga ronca.

— Tenho visita no momento.— Relevo, observando a mudança de expressão de Enzo, para um surpresa.

— Você está transando com quem, sua safada? E ainda na sua casa?— Pergunta rapidamente, mas de forma baixa.

— Não é da sua conta, fofoqueiro.— Cruzo meus braços.

— Bom dia, Enzo.— Nego rapidamente ao ouvir a voz detrás de mim.

— Bom dia, Michael. Aceita pão?— Pergunta adentrando a casa sem nenhum pudor.

Me viro fechando a porta, observando a sala até que arrumada. As roupas não estão mais no chão e Michael está utilizando sua calça novamente.

Enzo segue em direção a cozinha, Michael volta para a sala, pegando sua camisa e a vestindo em seguida. Ele se aproxima de mim, ficando extremamente perto.

— Vou precisar sair, mas quero lhe ver novamente amanhã.— O moreno beija meus lábios e segue em direção a porta.

— Tchau, Enzo. Cuida bem dela, viu?— Mich pisca para o meu amigo que assente em seguida.

A porta é fechada e eu sigo em direção a Enzo, que estava com um xícara de café em mãos.

— Não foi você que disse que não iria ter nada com ele?!— Joga em minha cara de forma debochada.

— Foi apenas um momento.— Falo, pegando um pão.

— Um momento... Que irá se repetir outras vezes.— Ele ri.

CECÍLIA WALKEROnde histórias criam vida. Descubra agora