A máfia russa estava vindo em peso. Por uma janela quebrada no terceiro andar, consegui contar em torno de 4 carros.
Mas, ainda assim, estávamos em maior número. Recarrego a minha arma, após limpar o segundo andar que, a poucos minutos, estava vazio também.
Don estava a todo momento cuidando da minha retaguarda. Quando chego no primeiro andar, alguns integrantes da minha máfia ficam em posição para a minha defesa.
Realizo o movimento de cabeça, em forma de agradecimento, mas evito a formação, ficando na frente de todos e abrindo caminho.
Por ser um local grande, a muitos lugares para se esconder e acredito que por isso, houveram baixas do nosso lado também. A fumaça e o cheiro forte, ajudaram, mas não foram o suficiente para que saissemos ilesos.
Meu coração se aperta ao ver os corpos daqueles que juraram lealdade a mim. Assim como eles, jurei lealdade também, e continuarei assim, mas agora, com suas famílias.
— Eles querem recuar, alguns já estão nas matas. — Ouço a voz do meu irmão, que nos alerta.
— Quero as equipes reservas dando apoio a Henrique na floresta. A ordem é matar todos os inimigos, independente de quem sejam ou o que falem. — Ordeno.
Não vivemos um conto de fadas e muito menos somos pessoas tão boas. Todos aqui tem interesses e objetivos, e é por isso que estou tomando essa decisão.
Deixar qualquer um deles vivos, só vai aumentar a vontade de vingança e, além disso, quem nos garante que aqueles que deixássemos vivos, iriam seguir cegamente nossas ordens?
Estamos falando de pessoas e sabemos exatamente quão ruins elas podem e vão ser.
Sinto um tiro em minha pele, mais especificamente, na perna. A bala não entrou, foi de raspão, o suficiente para rasgar um pouco da calça tática.
Olho para a direção do tiro e vejo um rosto familiar. A suposta noiva de Michael me encara com uma arma em mãos, atrás dela, tem mais cinco homens.
Seus cabelos estavam presos e suas roupas eram compostas por um calça e blusa, ambas na cor preta. Ela me olhava com um expressão receosa, mas continuava firme.
Tudo acontece em poucos segundos. Os homens atrás dela começam a cair, um a um. Victoria corre até uma pilastra, buscando proteção contra os tiros.
Mais homens russos adentram a sala, na tentativa de tirá-la de lá.
— Se entrega, Unknown. Não tem para onde correr, é uma batalha perdida.— A mulher grita.
A nossa resposta é com tiros, derrubando mais alguns homens deles.
— Unknown, está havendo uma movimentação estranha na mata, Richard está aqui também. — Ouço a voz de Henrique.
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CECÍLIA WALKER
FanfictionEm um mundo que duvidam de você e ignoram seu potencial, você só tem uma escolha: Mostrar para todos o quão forte é!