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Acordo rapidamente com um som alto de explosão

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Acordo rapidamente com um som alto de explosão. Corro em direção a porta do quarto e vou em direção ao som, escutado por mim. Antes mesmo chegar ao primeiro andar, consigo ver o estrago feito. Meus olhos varrem o local e meu coração para, ao ver um corpo no chão.

Meus pés se movem de forma automática na direção do corpo, vejo os cabelos brancos do meu pai cobertos por pó.

— Olha pra mim.— Seguro sua cabeça, tentando chamar sua atenção.

Seus olhos estão abertos, mas ele não consegue pronunciar nada.

— PRECISO DE AJUDA!

Vejo alguns homens adentrando nossa casa, os mesmos que realizam nossa segurança. Eles estavam confusos, aparentemente nem sabem como isso aconteceu.

— Você. — Aponto para o cara com um rádio em mãos.— Ligue para a ambulância. — O restante, procurem ver se tem alguém ferido além dele e achem quem fez isso.

[...]

Busquei as imagens das câmeras de segurança como solicitado.- Enzo me informa por telefone. — Um adolescente de bicicleta deixou a caixa em frente ao portão e logo depois foi embora. Utilizamos o reconhecimento facial para identifica-lo, seu nome Ítalo Fernandes, ele é entregador. Vou conversar pessoalmente com ele, para saber quem mandou entregar o explosivo ao seu pai. — Após dar as informações, Enzo desliga.

Meu pai sofreu um atentado, da maneira mais tosca, uma caixa deixada em seu nome. Os seguranças não identificaram nada irregular, porque foi feita de maneira caseira. Indicando que seja quem foi, está perto.

— Como ele está? — Henrique pergunta preocupado.

— Não corre nenhum risco, mas ele fraturou alguns ossos e está na sala de cirurgia. — Respondo.

Tivemos um susto muito grande, atentados deste tipo nunca aconteceram em nossa casa e fomos pegos de surpresa, algo que eu não gosto nenhum pouco.

— Precisamos descobrir quem fez isso o mais rápido possível, Henrique. — Digo olhando em seus olhos.

— Nós vamos, Cecí. Não se preocupe. — Ele me abraça de lado.

Passamos o dia inteiro no hospital, aguardando noticias do nosso pais. Por volta das nove da noite, um médico finalmente veio ao nosso encontro. O médico explicou a situação do nosso pai e nos disse que ele iria ficar mais alguns dias em monitoramento.

— Vamos cercar esse prédio todo.— Henrique fala após a saída do medico. Confirmo. Henrique ainda ao meu lado faz uma ligação.

Pego meu celular para verificar se Enzo havia tido algum progresso em sua busca, mas até o presente momento, ele não falou nada. Respondo Derek, que estava preocupado com a situação do tio. Ao terminar de responde-lo, Henrique termina sua ligação, que foi bem rápida, por sinal.

— As pessoas já estão sabendo do acontecido.-— Eles diz.

Além de ser mafioso, meu pai é figura publica, por ser um grande empresário. Como lhe trouxe de ambulância para um hospital popular, já era de se esperar que as noticias se espalhariam rápido.

— Não vamos nos preocupar com isso. Quando seus homens chegam?— Pergunto.

— Preferi não contatar membros nossos, porque podemos estar sendo vigiados, por isso, falei com Michael e ele vai mandar os dele para ficarem aqui. E antes que pergunte, sim, ele é confiável. — Fala em meu ouvido, enquanto me abraça.

— É melhor assim. Vamos embora assim que chegarem. — Henrique confirma e esperamos mais alguns minutos.

Quando Michael enviou a confirmação para Henrique, fomos para o apartamento de dele, já que não poderíamos voltar pra mansão. Henrique possui esse apartamento a alguns anos, mas quando soube do meu retorno, decidiu voltar a morar na mansão por um período.

Adentramos a caixa metálica, meu irmão aperta o andar da cobertura e seguimos em silencio. Henrique abre a porta com sua digital e me da passagem para entrar primeiro.

— Vou preparar algo para comermos. — Fala me fazendo sorri. Henrique é muito bom na cozinha - ao contrario de mim- e fazem anos que não provo de sua deliciosa comida.

Me jogo em seu sofá extremamente confortável e espiro aliviada por estarmos bem, mesmo que meu pai esteja hospitalizado, o importante é que estamos vivos.

— Cecí, vou fazer uma parte de frutos do mar, cuidado quando for comer viu? — Me alerta. Sou alérgica a frutos do mar e por isso, não posso ingerir nada para que eu não tenha uma crise e acabe morrendo.

Morrer por alergia é uma vergonha para uma mafiosa.

— Ok.

Me levanto e  procuro o quarto de Henrique, sua casa é bem grande, mas encontro seu quarto. Os tons amarronzados com branco casam perfeitamente em sua casa como um todo, mas em seu quarto, é ainda mais lindo. Sua cama não possuía cabeceira e os tecidos são extremamente brancos.

Seus closet é espelhado, dando para ver tudo o que tem dentro. Meu irmão tem realmente um bom gosto, tenho que confessar.

Busco por uma blusa mais antiga dele e um cueca nova. Assim que encontro as peças, vou em direção ao seu banheiro. Tomo um banho demorado, para relaxar e pensar sobre o futuro.

Ouço a voz de Henrique ao longe e desligo o chuveiro. Seco-me e em seguida me visto. Saio do banheiro e vejo Henrique com um pijama em mãos, um não, dois.

— Pode voltar e vestir isso aqui.— Ele levanta o pijama me fazendo rir assim que o vejo.

— Você os guardou.— Afirmo rindo. Quando éramos mais novos, adorávamos usar pijamas de bichos e combinando.

— Mas é claro.— Ele estica o pijama de panda em minha direção. Fazem anos, nem sei se vai caber. Sigo para o banheiro novamente e tiro as roupas que estava antes, colocando o macacão pijama de panda.

Sorrio percebendo que coube, mesmo depois de anos guardado. Saio do banheiro e Henrique também está vestido com o dele, que diferente do meu, é de zebra e está um pouco curto em suas longas pernas.

Henrique me abraça e seguimos para a sala. Ele segue para a cozinha e volta, com duas assadeiras, uma em cada mão, contendo pizza. Ele aconchegou-se ao meu lado e liga a televisão.

— Vai ficar tudo bem, Cecí. Nós vamos vencer mais uma batalha.— Garante. Olho para ele e sorrio levemente.

CECÍLIA WALKEROnde histórias criam vida. Descubra agora