Denver, Colorado 1978
𝓕 inney estava acabado. Seu pai tinha tido mais um surto de raiva na noite passada, por sorte, não fez nada fisicamente nem com ele nem com sua irmã, mas o barulho dos gritos dele, as coisas sendo jogadas, a televisão ligada, tudo era demais para ele e aquela exaustão mental se tornava física.
Hoje, além dos rombos pelas ofensas de seu pai, ele se sentia inútil por não ter conseguido consolar Gwen, quando ela foi até seu quarto. Em um grande resumo, hoje era um péssimo dia e ele só queria poder desparecer pelas próximas duas semanas, no mínimo.
Ele teria aula de espanhol agora, e ele realmente odiava essa matéria, esse tipo de coisa nunca foi a especialidade dele.
Por um momento, ele desejou que Robin estivesse lá para fazer as piadas e os comentários que Finney raramente entendia, mas ria de toda forma. Ele desejou receber um bilhetinho com a letra engraçada do outro e as carinhas fofas que ele colocava.O garoto passou a aula toda rabiscando em seu caderno, e respondendo uma outra pergunta das que a professora havia colocado na lousa. Ele queria poder encostar a cabeça em algo e dormir, mas sabia que possivelmente alguém veria, e o faria acordar.
Ele continuou a desenhar, alguns eram de Robin, outros de pessoas aleatórias que ele tinha visto em algum lugar, tombando a cabeça algumas vezes, em que acabava quase dormindo.
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O intervalo finalmente tinha chegado, Finney foi até a sala de artes ainda sonolento, mas agora mais empolgado com a possibilidade de ver Robin.
—Bom dia, professor.—o Blake disse, enquanto olhava pela sala em busca do amigo.
—Procurando algo, Finney?
—Robin.—ele se sentou.
—Ele ainda n veio, talvez mais tarde venha. Vamos aproveitar e conversar, posso ver no seu rosto que algo aconteceu.
—Papai se irritou ontem porque eu derrubei suco no chão.
—O que ele fez?
—Nada demais, ele só gritou bastante e quebrou o copo, Gwen ficou assustada, mas se acalmou depois.
—Isso é muito, Finney. Esse tipo de situação não deveria ser comum em uma casa.—finney deu de ombros, ele não estava pensando direito.
—Eu estou com sono, não quero comer hoje.—então o garoto se curvou e deitou a cabeça sobre os braços, fechando os olhos, não demorando muito para de fato pegar no sono. O professor resolveu não contestar e o deixar descansar
Robin chegou na sala poucos minutos depois, seu atraso sendo consequência da sua parada no banheiro. Ele logo percebeu que finney dormia, então entrou fazendo o máximo de silêncio possível.
—Bom dia, Robin. Que bom que chegou, fique aqui com o Finney. Eu tenho uma reunião com alguns pais em breve.
—Está bem, senhor—Robin sorriu e se sentou em uma cadeira ao lado do cacheado enquanto o professor saia.
Robin já tinha reparado na beleza do outro garoto antes, mas vê-lo ali dormindo, parecendo tão frágil e relaxado o deixou ainda mais encantado. Ele de fato era o garoto mais lindo do mundo, cada pequeno detalhe dele era angelical e delicado.
Robin tirou alguns dos cachos de finney de seus olhos, e acariciou seu rosto. O cabelo dele era outra coisa que Robin conseguia dizer com todas as palavras que amava, os cachos não tão definidos eram lindos e o corte armonizava perfeitamente com seu rosto.
Perfeito.
Os machucados ainda estavam em seu rosto, e o mexicano se sentia raivoso e curioso a respeito daquilo, Finney claramente não era do tipo que se metia em brigas, então alguém teve que ser cruel o suficiente pra machucar alguém tão sensível quanto o Blake e quando ele descobrisse quem foi, faria a pessoa se arrepender.
Ele continuou observando o menino, totalmente hipnotizado, até que finney acordou, coçando os olhos enquanto esticava as costas. Ele olhou Robin e sorriu, tentando arrumar o cabelo.
Robin foi ajudar, mas o loiro congelou se mostrando totalmente desconfortável ao sentir o toque, o couro cabeludo era uma parte muito sensível para ele.
—Desculpa, eu ia ajudar.—Robin não estava chateado, na verdade, até ele estava surpreso com a naturalidade que ele levava tudo que Finney fazia.
—Tudo bem.—finney tirou uma pequena borboleta de origami do bolso e entregou a Robin.—Eu fiz para você, quando estava entediado na aula.
Robin achou que iria chorar, meu deus como alguém poderia ser tão adorável daquela forma? Ele guardaria aquele pequeno presente com todo cuidado do mundo e fazer questão de deixar em um lugar seguro, junto com o desenho que ele tinha pegado antes.
—Muito obrigado, Finn. Isso é adorável!—Finney sorriu.—você sabe fazer mais dobraduras?
—algumas na verdade, eu já li um livro que ensinava.
—Você é tão inteligente, quero ser como você quando crescer.—Finn riu.
—Você é inteligente também, Rob.—Finney apoiou o queixo na palma da mão.
—Não como você.—Robin sorriu, estar com Finney o fazia realmente feliz.
—Eu posso te ajudar a estudar, se você quiser.
—Eu amaria te ter como professor.—agora quem sorriu foi finney.
Novamente o intervalo dos dois seguiu bem e com muitas risadas de ambas as partes. Os dois se sentiam felizes juntos, eles não precisavam de mais ninguém, de mais nada, um ao outro já bastava.
ᨳ
ິ ୨୧ ⊹ 𝘼𝙡𝙡 𝙨𝙩𝙖𝙧 𝙖𝙯𝙪𝙡 𝙚 𝙥𝙤𝙚𝙨𝙞𝙖 𔓘꒱ ू ୨୧
@ ( notas do autor) ᯇ 𓂂 ׄׄ ✧
Uma nova curiosidade aleatória pra vocês, 8% das contas do Instagram é fake :p
Me digam o que estão achando da história!
Eu mostrei a fic pra professora de português e ela disse q ia ler, ent Oi professora 😁
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all star azul e poesia | RINNEY
FanficRobin ama escrever poesias, principalmente sobre o garotinho do all star azul. ¡Autistic finney!