Denver, Colorado 1978
Finney chegou em casa quando já se aproximavam das oito horas da noite, ele havia se distraído estando com Robin, o finalmente, namorado. Agora, no entanto, ele se arrependia por ter deixado Gwen sozinha em casa, mesmo que seu pai ainda estivesse sumido, não se sabe quando ele poderia simplesmente voltar e terminar o que tinha começado.
Ele entrou na casa tirando os tênis devagar enquanto olhava envolta. A casa estava finalmente limpa(da forma que um adulto limparia, no caso, por que mesmo que os irmãos estivessem tentando a manter organizada, não conseguiriam aquele resultado).
O cheiro de jantar encheu suas narinas e ele quase chorou, o frango com molho do papai. Essa frase se repetia em sua mente com a voz de um feliz e animado garoto de 5 anos, que tinha uma mãe, um pai saudável, inúmeros amigos na escola e uma irmãzinha com poucos anos de vida, um garotinho que ele sentia falta as vezes.
Ele se assustou quando Gwen saiu da sala, onde ele nem havia notado que ela estava, e veio até ele.
O mais impressionante era que ele estava arrumada, não normalmente, mais do que costumava ser. Ela estava com a típica camisa branca por baixo do vestido quadriculado azul, que combinava com a tiara da mesma estampa, que inclusive, enfeitava seus cabelos recém lavados e bem penteados.
Era a roupa de domingo, a que ela costumava usar para ir a igreja, quando ainda tinham esse costume, claro. Tudo parecia tão igual aquela época antiga que o Blake se questionaria ter entrado em uma máquina do tempo, a única coisa que impedia tão pensamento, era o rosto claramente tão confuso quanto o seu na irmã.
—O que diabos está acontecendo, Gweny?—O garoto sussurrou, por estinto.
—Eu não sei, quando cheguei tudo já estava assim. Papai está estranho, cantarolando e sorrindo, ele mandou eu me arrumar assim, disse que teremos uma visita especial. Você sabe se algum parente está na cidade?
Finney negou.
—Não é isso, se fosse, ele não teria bom humor.
—Você está certo.
—O que vocês dois tanto sussurram, hein?—Os dois jovens pularam ao ouvir a voz do pai, assustadoramente calma e brincalhona.—Que bom que chegou, Finney. Vá se arrumar, Gwen já deve ter contado que teremos visita. Use suas roupas de igreja.
Os Blake's mais novos se encararam, antes de Finney voltar o olhar ao pai.
—Certo, estou indo.—Então ele correu para o próprio quarto, a irmã logo atrás.
Finney já estava com o velho armário aberto quando sua irmã entrou pela porta do quarto, a fechando em seguida.
Ela se sentou na cama, abrindo um grande sorriso antes de começar a falar.—E então?
—E então o que?—O outro respondeu sem tirar a cabeça do meio das roupas, procurando a que desejava.
—Como foi com o Robin, idiota!
—Ah é!—O garoto se virou para a irmã, o sorriso iluminando o rosto.—Estamos namorando, tipo, realmente namorando.
Gwen teve que conter um grito, ao contrário, apenas se levantou e deu um pequeno pulo.
—Serio!? Me conta tudo! Vocês se beijaram? Ele aceitou a pulseira?
Finney corou, se lembrando do dia que teve.
—Bem, ele entendeu e aceitou as pulseiras sem problemas...— quando ele olhou para a garota, ela o olhava com espectativa. Ele apenas olhou para o lado novamente corando.—E sim, nós nos beijamos, algumas vezes.
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all star azul e poesia | RINNEY
أدب الهواةRobin ama escrever poesias, principalmente sobre o garotinho do all star azul. ¡Autistic finney!