Denver, Colorado 1978
𝓣 odas as aulas do primeiro período correram impressionantemente rápido, mesmo que não fossem as favoritas de Finney. Finalmente o intervalo havia chegado e ele poderia mostrar ao Sr. Nullings, professor de artes e amigo de Finn, o desenho que tinha feito nos dois dias de descanso. Ele havia usado as aquarelas que ganhou do professor para pintar uma galáxia, e estava realmente orgulhoso com o resultado.
O garoto pegou a folha em baixo da mesa e começou a caminhar em direção a sala de artes, indo mais devagar quando Robin começou a andar ao seu lado.
-Oi finney! Posso almoçar com você? Não conheço mais ninguém da escola.-Robin até tinha conhecido outras pessoas, várias na verdade, mas somente o cacheado conseguiu chamar sua atenção.
-Sinto muito, mas eu prefiro que não.-O mexicano ficou visivelmente desconsertado e um pouco decepcionado. Finney não queria ser sem educação, mas ele sempre passava o almoço com o Sr. Nullings na sala de aula e ter que mudar isso parecia assustador para ele.-Tchau, Robin.
-Tchau..
O outro se afastou e o loiro se sentiu mal por afastar a única pessoa que tinha sido legal com ele na escola, mas ele não conseguiria sair da rotina, seguir aquele padrão era muito importante para ele, mesmo que ele não soubesse o porque.
-Bom dia, Finney-Era o Sr. Nullings, com o típico sorriso torto por baixo do bigode.-Como passou o fim de semana? Algo do seu pai para se queixar?
O professor era a única pessoa que sabia sobre a situação de Finney e Gwen em casa, o pai de ambos era um alcoólatra e tinha sérios problemas de raiva, o que acabava sendo revertido para os filhos, seja com ofensas ou com uma surra. Normalmente, Finn era o que mais sofria por isso, ele imaginava que era porque ele lembrava seu pai de sua mãe, que se suicidou 7 anos antes e nunca foi perdoada pelo marido, por deixar ele sozinho com as obrigações sem ao menos um motivo que ele considerasse suficiente.
-Tudo normal, papai foi jantar com as pessoas do trabalho, então não bebeu.
-Ótimo-O professor sorriu-E essa folha? O que tem nela?
O garoto deu um sorriso largo, que aqueceria o coração de qualquer um.
-Eu pintei com a aquarela que o senhor me deu.-Finney deu o papel para o homem e ficou remexendo os dedos enquanto o mesmo analisava a pintura.
-Isso está perfeito, você é a pessoa mais talentosa que eu já vi, Blake.-O garoto soltou o sorriso ainda mais(se é que era possível) e agradeceu, pegando a folha novamente.
-Eu te trouxe aquele sanduíche que você gosta-O homem se abaixou para tirar o item citado da bolsa e entregar para o jovem, que pegou de bom grado e começou a comer.
-Por que você não gosta da comida do colégio, Finney?
-A maioria tem uma textura muito estranha, me dão enjôo.-O professor concordou com a cabeça, satisfeito, e deixou que o menino comesse em paz.
★̲ ˖࣪ ◌ ─╌%⛓
Finney já tinha voltado para casa, o que ele não sabia se era pior, ou melhor que na escola. Por sorte, seu pai não estava no momento, então ele e Gwen tiveram um pouco paz.
Finney terminava de pegar seu livro para poder ir com a irmã até um parquinho não muito longe de casa. Eles não iriam realmente o usar, até porque estava quase sempre vazio, mas ambos sentiam que precisavam de um pouco de ar fresco.
-Você tem que parar de levar esse livro para todo lugar. Fica parecendo um nerd.-Gwen disse, evidentemente brincando, e seu irmão revirou os olhos.
-É melhor do que ser burro.
Gwen riu, e ambos começaram a andar.
-Eu ouvi algumas garotas falando sobre você hoje na saída, sobre o que aconteceu na sala, em específico.
Finney odiava quando ela ficava sabendo, ele não queria que sua irmã mais nova tivesse que consolar ele, ele que deveria fazer isso.
-Não foi nada, só passei mal.
-Eu sei que você está mentindo, elas estavam dizendo que você estava chorando.
-Não foi nada, Gwen. Esqueça isso.-Finney começou a se sentir desconfortável, e a garota percebeu isso, por isso, optou por deixar o assunto para outro momento.
-Entrou um garoto novo na sua sala, não entrou?
-Sim, o nome dele é Robin, ele elogiou meus sapatos e pediu para almoçar comigo.-disse, com um sorriso no rosto durante.
-Isso é tão legal, Finn! Como foi o almoço? Ele foi legal?-Gwen também se sentiu empolgada, sorrindo grandemente.
-Eu não almocei com ele, fui pra sala de artes.-deu de ombros.
-Você recusou?! Finney isso é muito rude! O garoto é legal e você dispensa ele?!-o sorriso de Finney murchou
-Eu sei, mas eu não queria ter que fazer diferente do que eu já faço.
-Você é estranho pra caralho-Gwen disse, entre dentes mas como um forma de mostrar irritação do que realmente ofender, mas ofendeu.
Finney se odiava, e com motivo, aos olhos dele. Ele era estranho, sempre foi, ele nunca se encaixou ou foi aceito, ele sempre era diferente de tudo, com suas "frescuras" e timidez. Ele se achava uma sobra que ninguém estava disposto a aceitar, e se sentir assim o tempo todo realmente machucava.
A garota pediria desculpas se tivesse percebido o estado do irmão, mas estava ocupada demais correndo empolgada, assim que viu o parquinho, indo em direção ao balanço enferrujado, finney logo atrás.
-Você pode me empurrar, Finney?-o outro apenas concordou, colocando o livro sobre o outro balanço e indo para trás da irmã, começando a empurrar enquanto Gwen soltava gargalhadas infantis que melhoraram o humor de Finney em um passe de mágica.
Ele podia realmente ser estranho, mas ao menos tinha Gwen junto a ele, e naquele momento, era mais que o necessário.
ᨳິ ୨୧ ⊹ 𝘼𝙡𝙡 𝙨𝙩𝙖𝙧 𝙖𝙯𝙪𝙡 𝙚 𝙥𝙤𝙚𝙨𝙞𝙖 𔓘꒱ ू ୨୧
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all star azul e poesia | RINNEY
FanfikceRobin ama escrever poesias, principalmente sobre o garotinho do all star azul. ¡Autistic finney!