Denver, Colorado 1978
A primeira aula do dia era a mais assustadora para Finney no momento, artes, onde ele teria que encarar as duas pessoas que ele planejava ignorar, Robin Arellano e Millardi Nullings. Talvez ele conseguisse ignorar o professor, mas os mexicano seria uma tarefa difícil. Sempre que alguém passava pela porta da sala, ele sentia que o ar sumia por um momento, imaginando que seria robin ali, até o momento em que a falta de ar finalmente chegou junto com o garoto que lançou um olhar triste ao amigo.
Finney se sentiu mal com isso, ele não tinha pensado que deixar o Arellano sozinho sem explicação o chatearia, mas obviamente foi isso que tinha acontecido e o loiro se sentiu estupido. Robin tinha olheiras embaixo dos olhos que Finney tanto amava e que em vez da doçura diária carregavam total tristeza ao o olhar enquanto o outro se sentava.
—Bom dia, Finn. Você está bem?—Ouvir a voz desanimada dele foi uma facada do peito do Blake.
—Sinto muito por ontem, Rob. de verdade, eu não deveria ter te deixado sozinho.—Robin soltou um pequeno sorriso.
O mexicano tinha passado a noite toda com medo de que Finney tivesse se arrependido do (quase) beijo. Ele não queria afastar o loiro, mesmo que eles continuassem somente como amigos.
—Sem problemas. Mas você está bem, não é? seu pai fez algo?—entre todas as preocupações que o Arellano tinha, essa era a que mais o deixava aflito.
—Não, está tudo bem com ele. Eu só queria pensar um pouco, entende?—O outro concordou.—Mas eu deveria ter te avisado, desculpa.
O outro soltou um verdadeiro sorriso finalmente.
—Sem problemas, Finn. Eu entendo.
Finney sorriu em resposta, então o professor entrou na sala, o deixando nervoso novamente, o que não passou despercebido por Robin.
—Aconteceu algo entre você e o Sr. Nullings?—Ele sussurrou.
—Parcialmente, mas não e nada sério, só meio complicado.—Robin concordou com um acenno de cabeça.
Millard passou a aula e pela primeira vez os dois alunos assistiram quietos. Finney evitava os olhos do homem a todo momento, com medo de que isso fizesse uma conversa que ele estava extendendo acontecer. O que não pode ser possivel quando ele teve que levar o caderno para que o homem pudesse conferir, algo que ele costumava não exigir de Finney, pois sabia que ele sempre faria tudo, mas obviamente estava procurando motivos para falar com o menino.
—Eu entendo que você não quer conversar comigo, Blake.—O homem começou, com o tom de voz baixo.—Mas nós temos que fazer isso, é para o seu proprio bem. Sei que seu pai complica as coisas mas podemos tentar arrumar uma solução juntos, mesmo que vá demorar.
—Você não entende, professor. Eu..—Ele foi interrompido.
—Sim, Finney. Eu não entendo, mas quero entender, por favor. Não fuja disso, só vai ser pior para você. Você realmente foi forte por ter aguentado até aqui mas isso só vai piorar, você precisa de ajuda e eu sei que sabe disso.
o garoto olhou para as próprias mãos por um momento, então pegou o caderno e foi até a própria mesa novamente, fazendo o homem suspirar.
A verdade é que Finney sabia que o Nullings estava certo, mas estava lutando para não aceitar. O quanto Deus o odiava, para tornar ele tudo que seu pai o ensinou a repudiar? Ele se sentia injustisçado e raivoso. Então esse é o sentido da sua vida? Sofrer e depois sofrer um pouquinho mais? Para que ele existia então? Divertir os anjos com sua desgraça? Não importando a resposta, parecia que sim. ele não era religioso, ja tentou ser assim como sua mãe havia ensinado, mas ele nunca conseguiu acreditar realmente, de toda forma, se inferno existisse, ele ja estava nele a muito tempo. 14 anos para ser exato.
★̲ ˖࣪ ◌ ─╌%⛓
Finney e o Sr. Nullings estavam sozinhos na sala de aula. Já era intervalo e o homem pediu para que Vance e Robin dessem a eles um momento privado.
—Eu estive pensando, Finney. Eu sei que você acha que seu pai não aceitaria, mas talvez com um paciencia enorme, dando a ele conhecimento e trocando o nome "autismo" por "síndrome de Asperger" que é o que você realmente tem. Talvez ele possa pelo menos viver com isso, mesmo que não se sinta feliz.(A:eu nao gosto de colocar aviso no meio dos caps mas esse é importante, síndrome de Asperger não é mais usado, vou explicar melhor no final do cap ent leiam pfv)
—Eu não acho que ele pode aceitar viver com isso. Ele mesmo diz que não suporta pessoas "doentes".— o homem soltou um suspiro cansado.
—Podemos ao menos tentar?—O garoto concordou relutante, cansado de discordar.
—Durante esse tempo em que nos preparamos para dar a noticia, eu vou ver o que posso descobrir e fazer para te ajudar mesmo sem um terapeuta, tudo bem?—Finney sorriu, ele realmente era grato ao professor por fazer tanto por ele, quase como um pai faria pelo próprio filho
—tudo bem.
ᨳ୨୧ ⊹ 𝘼𝙡𝙡 𝙨𝙩𝙖𝙧 𝙖𝙯𝙪𝙡 𝙚 𝙥𝙤𝙚𝙨𝙞𝙖 𔓘꒱ ू ୨୧
@ ( notas do autor) ᯇ 𓂂 ׄׄ ✧
Não se pode mais usar Asperger pq não é mais um termo existente. Hoje em dia os antigos Aspergers se tornaram os autistas nível de suporte um e o nome da antiga síndrome nem existe mais como nomenclatura científica.
Um dos principais motivos pra essa mudança foi a realizada foi porque Hans Asperger, quem fez os estudos sobre a doença tinha ligação com o partido nazista e com a campanha que levava crianças deficientes a morte.
Eu tenho uma notícia ruim pra vcs, por conta das aulas e outros compromissos que eu tenho eu vou ficar muito sobrecarregada sobre a semana então escrever vai ser uma tarefa mais difícil, eu vou fazer o meu melhor pra atualizar frequentemente mas eu não vou ser mais responsável por isso
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all star azul e poesia | RINNEY
FanficRobin ama escrever poesias, principalmente sobre o garotinho do all star azul. ¡Autistic finney!