᳝ 𝆬⃝. capítulo nove ˖ ᘝ

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Denver, Colorado 1978

𝓔ra segunda novamente, mas pela primeira vez, Finney se sentiu feliz com isso. Poder fugir de seu pai e ver Robin foram coisas que o animaram. Ele só esperava que o garoto não voltasse a falar sobre os machucados.

Ele e Gwen estavam caminhando calmamente, assim como outras crianças, mas aceleraram o passo ao ouvir o barulho que vinha de uma roda de pessoas, bem em frente ao colégio.

Os irmãos se aproximaram, atravessando por meio das pessoas para tentar ver o que estava acontecendo. E quando finalmente conseguiram, se chocaram com a cena.

Vance e Robin batiam Buzz e em Matt, os rostos destes já estavam quase deformados devido aos golpes. Finney se sentiu enjoado.

—Meu deus, Finney. Você está vendo isso?—disse Gwen, empolgada.

Finney suspirou, ele detestava brigas.

—Estou.—Vance levantou a cabeça de Matt, começando a bater a mesma no chão. Foi quando finney decidiu que já era o bastante.—Vamos, Gwen.

—Que? Não, eu quero ver a briga.—O loiro apenas ignorou as reclamações da irmã e continuou a puxando para sair daquele lugar.

  A garota se deu por vencida, se despedindo do irmão e indo até sua sala.
Finney foi em direção ao seu armário, pensativo. Ele não imaginava que Robin era esse tipo de pessoa, na realidade, ele tinha se mostrado alguém muito diferente para o Blake e era até difícil acreditar que aquele é o mesmo garoto que soltava um sorriso adorável sempre que Finney fazia qualquer coisa.

O loiro pegou seu livro e foi até o banheiro, entrando em uma das cabines e começando a ler. Ele sabia que não teria a primeira aula do dia, então passaria o tempo assim.

Ele parou a leitura quando ouviu o barulho da porta sendo aberta, junto com o som da voz de alguém cantarolando alguma música, voz essa que ele reconheceu ser de Robin. O loiro saiu da cabine, vendo o Arellano enrrolar fita por volta do papel que o mexicano tinha colocado na mão machucada.

—Meu deus, Robin. Que tipo de curativo é esse?—Robin se assustou, olhando para o garoto.

—Não tinha te visto.

—Sua mão não vai melhorar desse jeito, vamos pra' sala do Sr. Nullings. Eu tenho algumas coisas lá.

—Não precisa, Finn. Eu estou bem.—O Arellano sorriu, mas finney não estava disposto a escutar a opinião dele.

O loiro segurou a mão do garoto, o puxando. Robin corou levemente por sentir a mão macia do outro contra a sua, ele queria ter essa sensação mais vezes. Os dois entraram na sala, Finney colocou Robin sentado no chão e foi até as gavetas da mesa do professor, pegando o necessário para fazer o curativo do garoto.

—Por que vocês estavam batendo naqueles garotos?

—Eles me insultaram.—era uma completa mentira. Robin foi atrás deles e conseguiu confirmar que eles eram o motivo dos hematomas de Finney, pelo menos um dos motivos, mas Robin ainda não sabia que existiam mais de um.

Finney começou a enfaixar a mão do outro.

—Muito apertado?—o Arellano negou.

O garoto terminou e se levantou, indo guardar as coisas que havia utilizado.

—Ah, Finney.—Robin disse, coçando a nuca.—Eu peguei detenção, um coordenador viu a gente lá, então não vou poder passar o intervalo com você.

O loiro nunca havia se sentido tão decepcionado assim, ele precisava de Robin para o animar, era o que ele estava esperando desde sábado.

—Está bem.—Foi tudo que ele pode dizer.

★̲ ˖࣪ ◌ ─╌%⛓

Finney se sentou em frente ao professor, com uma carranca no rosto.

—Que bicho te mordeu, Blake?

—O Robin se meteu em uma briga e pegou detenção.

—E minha companhia não é mais suficiente para você?—O homem disse, fingindo estar magoado de forma teatral, Finney riu.

—Sim, é suficiente, mas Robin faz falta.

—Entendo, mas vamos aproveitar que ele não está aqui e falar sobre algo que eu queria te dar.—o garoto se ajeitou na cadeira, interessado.—eu fiz esses dois questionários, o menor você pede para seu pai responder e o outro você responde sozinho, diga a ele que é um trabalho escolar.

Finney pegou os dois "cadernos" de papel.

—Por que?

—Só quero tirar algumas dúvidas. Tem mais uma coisa, um livro—o professor pegou no meio dos milhares que ele carregava, um livro bem fino, azul com o título na capa "tudo que eu posso ser"—É um livro bem interessante, e eu acho que seria bom se fosse desse ao menos uma olhada.

Finney deu um sorriso largo, pegando o livro e o foleando rapidamente.

—Muito obrigado, professor!—O homem apenas sorriu como resposta.

—Você e Robin tem estado muito próximos, não é?—O professor disse depois de um tempo. Ele não era bobo, já tinha percebido como Robin ficava em relação a Finney e como ele recebia um tratamento especial. Ele realmente não tinha problemas com isso só esperava que o mexicano não fizesse nada que pudesse vir a machucar o loiro.

—Sim, estamos. Ele é um ótimo amigo.—Finney disse, sorrindo.

—Fico muito feliz que vocês estejam se dando bem, ele parece uma ótima companhia.

—Realmente é.

Finney queria falar sobre como Robin era engraçado, ou sobre como ele ficava lindo usando aquelas bandanas, ou principalmente sobre como a risada dele era bonita e o quanto ele amava escutar ela. Mas ele se contentou em ficar quieto, e guardar esses sentimentos para si mesmo, ele não era burro, sabia muito bem que poderiam interpretar da forma errada e ele seria muito julgado caso isso acontecesse, de toda forma não é como se ele gostasse de Robin, ele só a admirava, pelo menos era isso que ele queria acreditar.

ᨳ୨୧   ⊹ 𝘼𝙡𝙡 𝙨𝙩𝙖𝙧 𝙖𝙯𝙪𝙡 𝙚 𝙥𝙤𝙚𝙨𝙞𝙖   𔓘꒱   ू ୨୧

                @ ( notas do autor) ᯇ 𓂂 ׄׄ  ✧
O livro que o professor deu ao finney realmente existe, é bem recente na realidade mas eu gosto muito dele, tanto que eu o meu é autografado KKKKK

Eu recomendo ele de verdade caso alguém esteja interessado em entender mais sobre as questões do finney, ele é realmente curto e é uma leitura bem leve

Eu esqueci da playlist 😭 mas juro que vou ouvir todas as músicas e fazer ela assim que tiver ânimo suficiente pra isso

Me digam o que estam achando e me contem caso tenham alguma teoria ou ideia, eu amo ouvir elas

all star azul e poesia | RINNEYOnde histórias criam vida. Descubra agora