capítulo 1

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"Thomas Caliari o rei dos negócios cresce
cada vez mais"

"O Magnata Caliari abre mais uma de suas empresas na América Latina"

"Thomas Caliari é considerado um dos
homens mais bem sucedido"

Essas são as manchetes de jornais, revistas e sites, todas relacionadas ao meu pai.
Um grande homem no mundo dos negócios,
bem sucedido, carismático e muito bem
casado além de ser um ótimo pai para os seus 3 filhos. Somos uma mentira, somos felizes de mentira, apenas para agradar os paparazzi e os jornalistas.

(...)

A claridade do cômodo me faz despertar do
meu sono, apertei os olhos ainda fechados,
sinto minha cabeça latejar, aperto minhas
têmporas afim de amenizar a dor, não
melhora, bocejo e coço os olhos, arqueio as
costas e percebo que dormi no chão, minhas costas reclamam por isso. Estico meus braços, e sem querer acabo batendo no rosto de alguém, abro meus olhos e vejo uma garota desconhecida, dormindo serenamente próxima a mim, pisco algumas vezes até me acostumar com a claridade. Me sento no chão e olho em volta para reconhecer o lugar, apenas cheguei a conclusão de que estava em uma sala, de alguma casa de classe média. 

Olhei para algumas pessoas jogadas no chão, no sofá ou até mesmo na mesa de centro da sala e todas dormiam tranquilamente, algumas agarradas com garrafas de whisky, garotas com garotos, ou com pedaços de pizza grudados em seus corpos. Isso estava uma bagunça.

Suspirei e levantei, caminhei cambaleando até o final do pequeno corredor onde tinha um banheiro, (vagas lembranças da noite anterior) me olhei no espelho e deixei meus ombros caírem, meu reflexo mostrava o quanto eu estava acabada, meus olhos tinham um contorno borrado preto, graças ao rímel e o lápis de olho, meu cabelo estava uma catástrofe, de tão embaraçado.

Oh céus!

Abri a torneira e lavei meu rosto, abri o
pequeno armário debaixo da pia, encontrei
uma escova de dentes fechada, escovei os
dentes, tentei desembaraçar meu cabelo
usando os dedos. Depois de fazer uma rápida higiene pessoal sai do banheiro, corri os olhos nas pessoas, apenas para ter certeza de que não conhecia ninguém, meus olhos pousaram em um óculos de sol jogado em cima do sofá, o óculos era bonito, meio redondos e espelhados, olhei para os lados para ver se o dono não estava ali, coloquei o mesmo e sai pela porta da frente.

Assim que fechei a porta atrás de mim vi meu carro mal estacionado em cima do jardim na frente da casa, com as rodas da frente em cima de um dos dregaus da pequena escada que levava a casa. Bati as mão nos bolsos do meu jeans preto, arregalei os olhos.

Onde eu coloquei a merda da chave?

Caminhei até o lado do carro, olhando no
chão para ver se não estava ali, nem um
sinal do objeto. Dei um soco fraco na lataria
do carro e bufei. Olhei vagamente dentro
do carro tentando lembrar onde eu poderia
ter deixado a chave, foi quando vi a chave
pendurada na ignição do carro, franzi o cenho e abri a porta. Deus, estava aberta esse tempo todo com a chave lá dentro. Bufei.

Entrei no carro um pouco irritada com minha falta de responsabilidade com meu carro, um presente do meu vô, ele me deu um Mustang GT preto antes de morrer, eu nunca iria trocar ou vender, eu amo esse carro. Acelerei o carro e sai cantando pneu,
deixando uma marca no jardim em frente
daquela casa. Demorei alguns minutos para
me localizar naquelas ruas, logo já estava
pegando a avenida principal de Los Angeles a caminho da mansão dos Caliari, parei no sinal e vi que no grande relógio que tinha em um prédio marcava 13:20pm, escutei o meu celular tocando, olhei em volta até achá-lo atrás do banco do passageiro, vi no visor quem era: MÃE.

- Alô?

- Priscila, por Deus, onde você está? - Ela
perguntou afobada.

- Em Los Angeles ainda, por que? Algum
problema?

Destination Traits - CapriOnde histórias criam vida. Descubra agora