Capítulo 6

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Mãe não é mãe independente do que ela faz, ok? "Ai mas mãe é mãe não importa oq ela diga ou como te trata", na minha visão não, mãe não é mãe por tudo. Tem pessoas que não deveriam ser chamadas de mãe.

•••

Capítulo seis – Não devo nada a ninguém.

Macau entrou no segundo mês, Pete já conseguia reconhecer o choro do filho, o choro de fome, sono e irritação, em relação as dores ele conseguia descobrir pelo cheiro, como ômega ele não conseguia sentir tão bem, mas como era o seu filho, ele conseguia um pouco.  Tankhun o visitou e disse que o pequeno ômega estava muito saudável, trouxe alguns remédios e Pran continuava o acompanhando, mesmo com Pat finalizando as paredes, Pran continuava ali toda a manhã.

Pete estava pensativo sobre algumas coisas, quando Macau completasse três meses ele já iria começar a procurar um trabalho, talvez não fosse aceito em nada, haviam poucas pessoas que poderiam lhe dar algum emprego, mas mesmo assim iria tentar.

― Você dá água pra ele? ― Pran perguntou vendo Pete amamentando Macau ― Porque se ele toma só o leite do seu peito, não é necessário dar água com frequência, seu leite tem nutrientes o suficiente.

― Eu não dou sempre leite do meu peito, dói muito e nem tem tanto assim ― murmurou ― Às vezes ele toma leite na mamadeira, e chá.

― O certo é ele tomar o leite do peito até seis meses ou mais ― Pran falou guardando a louça.

― E quem disse que eu faço o que é certo, Pran?

― Mas é ordem médica.

― Caso eu tivesse leite o suficiente estaria dando sempre, mas eu não tenho, e não vou ficar me forçando ― murmurou ― Tankhun disse que o Macau está saudável, não vejo porque mudar.

― Desculpe, é que... Só é comum darem leite por anos.

― Eu sei, só que eu não consigo ― colocou o filho no ombro e o fez arrotar ― E sua mãe, sabe que você está aqui?

― Talvez ― sorriu sem graça e sentou em uma cadeira ― Eu disse que venho acompanhar o Pat, ela fica me encarando estranho, acho que sabe porque estou vindo.

―  Hmm, tente não ficar brigado com ela, se ela falar que você não deve mais vir aqui, obedeça ― disse e Pran o encarou confuso ― É sua mãe e você ainda depende dela, então precisa andar na linha.

― Mas eu gosto de vir aqui.

― Também gosto de te ter aqui me enchendo a paciência ― riu e Pran fez um bico ― Mas você não pode se foder por minha causa.

― Vou vir aqui todo o dia.

― Você é muito chato ― Pete disse e saiu da cozinha com Macau.

[...]

Pete terminava de cortar as unhas de Macau enquanto ele dormia, ouviu baterem em sua porta e apenas olhou vendo Kinn entrar sem graça;

― Boa tarde, Pete ― Kinn disse e Pete assentiu ― Posso entrar?

― Você já entrou ― riu e Kinn sorriu entrando na sala e sentando na poltrona ― Aconteceu algo com o Porsche?

― Não, ele está bem, estamos terminando de trocar alguns móveis que ele havia pedido, por isso ainda não veio te ver essa semana ― falou.

― Hm... Então... ― Pete deixou a tesourinha na mesa ― Não é querendo ser grosso só sincero na realidade, mas o que você faz aqui se não é para falar algo do Porsche?

Um bom pai  •vegaspete•Onde histórias criam vida. Descubra agora