Bônus 3

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Bônus – 11 anos.

― Ei tio ― Macau se aproximou de Pol, o alfa sorriu e fez carinho nos cabelos do sobrinho ― Eu vi uma coisa.

― É segredo? ― Pol se abaixou e falou baixo ― O que é?

― Eu vi o primo dando um beijo na menina lá da rua ― Macau disse e Pol arregalou os olhos ― Ele pediu pra não falar, e eu não ia falar, mas... O papai disse que é feio mentir e que criança não beija na boca.

― Ai Macau ― Pol sorriu ― O Kimhan já tem 16 anos, ele tá quase sendo um adulto.

― Ele é quase, ele não é adulto, tio ― Macau pôs as mãos na cintura ― Tem que prestar atenção.

― Ok, eu vou conversar com ele bem sério sobre isso ― O alfa disse e Macau assentiu ― Muito obrigado por ter avisado.

― De nada, se eu vê mais alguma coisa, eu vou contar tudinho.

― O que você já tá fofocando aí, Macau? ― Pete perguntou se aproximando e o ômega virou sorrindo para o pai ― Meu Deus, você é a cara do Big a cada ano que passa.

― E isso é bom, porque o papai é bonito ― disse e Pete deu de ombros ― Pai, posso brincar lá no balanço com o Porchay?

― Pode, mas nem inventem de irritar a Pray, se o Porsche pegar vocês irritando ela, eu não vou me meter, você sabe ― disse ao garoto de 11 anos, ele assentiu ― Pode ir.

― Pete, eu não cresci com você, mas eu juro, esse menino é você todinho ― Pol disse.

― Queria dizer que você está errado, cunhado ― Pete sentou na cadeira ― Mas porra, ele é igualzinho.

― Eu juro, ele veio aqui contar que viu o Kim beijando a namorada e como você tinha dito que criança não beija na boca, ele veio aqui falar ― Pol contou.

― Ele é fofoqueiro e isso não é culpa minha, é do Pran, ele vai pra casa do Pran e fica falando das velhas da rua ― Pete resmungou ― E isso quando ele não vem da casa da minha cria mais velha, falando tudo que viu lá.

― Kim era assim mesmo, acho que é a idade.

― Inacreditável, eu vou fazer 40 anos, e esse menino me deixa sem palavras todos os dias ― riu ― Vegas se acaba de rir quando ele vem da casa do Big contando as coisas, ele conta as coisas igual o Big.

― Sim, eu estava tentando lembrar, ele fala meio que como se estivesse se desfazendo e não fosse nada demais ― Pol gargalhou.

― Ei, amor! ― Vegas gritou do outro lado do jardim, estava com Kinn assando alguns pedaços de carne ― Porsche foi lá pra frente!

― Corre senão ele vai dar no Macau! ― Big gritou rindo ― E no meu filho ninguém bate!

― Por que tu não vai?

― Porque eu choro e não sei resolver conflitos ― o beta respondeu, Arm riu sentando no colo do marido ― Ai cara, tenho que parar de vir nesses churrascos de família, todos casados.

― Você só pega homem que já tá casado, amante ― Kinn alfinetou.

― Com todo o respeito, líder, mas vai tomar no cu.

― Deixa eu ir ver isso ― Pete levantou e foi para a frente da casa, Porsche estava ali com as mãos na cintura, Macau e Porchay estavam chorando ― Porsche.

― Eu só briguei, e eu nem briguei com ele, briguei com o meu ― disse olhando para Porchay ― Vamos, Porchay, para dentro de casa ― disse e o menino agarrou as pernas do pai, o ômega o pegou no colo ― Pray, para dentro também.

― Mas papai...

― Você também estava pegando no pé deles, não se faça de santa não, iremos conversar com calma sobre isso ― Porsche disse e olhou para Macau ― Desculpa Macau, o tio não quis te assustar.

― Vem cá ― Pete chamou o filho para o seu colo, carregou o filho e sentou no balanço, Porsche já tinha seguido para dentro de casa ― O que foi que aconteceu?

― O Chay puxou o cabelo da Pray porque ela chutou ele ― Macau contou ― Aí eu chamei o tio Porsche e ele veio aqui e brigou.

― Mas ele brigou com você?

― Não, ele só brigou com o Chay e a Pray, mas eu não gostei papai, ele falou alto.

― Lembra que nós já conversamos sobre isso? Que às vezes a paciência some? ― lembrou e o ômega assentiu ― Então, seu tio já deve ter falado várias vezes com os dois, mas eles continuam brigando, então a paciência do Porsche sumiu e ele acabou falando alto demais, mas ele não faz isso sempre, não é?

― Não, quando a Pray briga com o Chay ― Macau dava pequenos soluços, era comum quando ele chorava assim do nada ― O tio Che conversa com eles e diz que não é mais pra brigar, que é feio, e eles param de brigar.

― Então, mas dessa vez o tio Che perdeu a paciência, mas ela vai voltar ― disse e Macau assentiu ― Quer ficar aqui?

― Quero pai, balança a gente ― agarrou o tronco do pai.

― Acho que a gente vai é cair ― disse rindo, Macau sorriu ― Se a gente cair você sai pedindo ajuda.

― Cai não pai, o balanço é forte, o tio Kinn que fez ― falou ― Pai, a gente pode ter balanço lá em casa?

― A gente pode falar com seu pai Vegas, acho que ele consegue colocar.

― Pai.

― Hm?

― Por que o senhor é tão cheiroso? ― perguntou e Pete riu.

― Porque eu sou um ômega muito cheiroso, e também porque o seu pai Vegas fez aquela marquinha no meu pescoço, aí o nosso cheiro fica junto e fica bem mais cheiroso ― falou ― Algo mais, senhor Macau?

― Não senhor Pete.

O ômega ficou ali balançando e conversando com o filho até que Vegas os chamasse. 

Um bom pai  •vegaspete•Onde histórias criam vida. Descubra agora