Capítulo onze – Big.
― Eu não acho que seja bom ― Pran disse sentado no sofá, Big encarou o ômega ― O que? Eu não vou mentir!
― O que ele faz aqui mesmo? ― Big perguntou, não era grosseiro, só estava realmente confuso.
― Eu também não sei ― Pete murmurou segurando Macau ― Você não deveria estar na sua casa, garoto?
― Não, estou esperando o Pat vir me buscar, iremos visitar o Prince ― falou ― E então... Eu não acho que seja bom, não é a hora, não está certo fazer ele usar agora, entendem?
― Olha, eu não sou o tipo de pessoa que age de maneira chata, na verdade eu me considero uma boa pessoa, legal ― Big disse olhando para Pran ― Mas assim... Eu não acho que você achar alguma coisa vale aqui.
― Big ― Pete chamou.
― Mas é sério, desde que ele viu a chupeta ele fica dizendo que não acha bom e blá blá, ele precisa achar alguma coisa? ― bufou ― Eu não tenho nada contra você, ômega, mas acho que em relação ao meu filho com o Pete, não seja tão legal você querer achar algo.
― Eu meio que concordo ― Pete sentou ao lado do mais novo, o beta saiu da sala e foi para o quarto ― Não é a primeira vez que você faz isso, Pran, e eu adoro você, mas... É o meu filho, é a minha criação e eu já te disse que eu não faço o que os outros fazem.
― Mas eu não digo por causa dos outros, digo porque como um ajudante do centro médico e que estudou para isso, sabe que não deve dar chupeta a um bebê ― resmungou ― E também que você deve amamentar o Macau por mais tempo.
― ‘’Dever’’ é algo que me deixa bem irritado, sabe? ― Pete ajeitou Macau no colo, o menino estava com a mão na boca ― Eu não ‘’devo’’ muitas coisas, Pran, mas eu faço. Eu não quero que o Macau fique no meu peito o dia todo, não quero que o Macau não saiba o que é comer alguma coisa e pegar na terra porque o meu ‘’dever’’ é carregar ele até completar um ano, eu não quero ficar fazendo o que eu ‘’devo’’ fazer.
― Eu gosto de você, mas te acho um cabeça dura ― Resmungou o ômega mais novo ― Você é um super pai cabeça dura.
― E você um filho muito teimoso ― empurrou o mais novo com o ombro, Pran sorriu ― Eu sei que você só quer o melhor pra gente, e eu agradeço muito por estar ajudando o Macau como pode e me ajudando também, mas nem sempre eu preciso fazer como manda a cartilha de papai do ano dessa matilha.
― Você está longe de ser o pai do ano, Pete ― falou e o ômega o olhou chocado ― Porque você é o melhor pai.
― Ah cria não minha ― brincou e Pran riu ― Que Macau tenha essa sua doçura e não sua teimosia.
― Se for puxar pra você, ele vai ser teimoso ― Big comentou voltando pra sala ― Pran, me desculpa se eu fui grosso com você, não foi a intenção.
― Não levei como grosseira, Big. Tudo bem ― Pran disse e levantou quando ouviu baterem na porta ― Deve ser o Pat, eu vou indo ― mexeu com Macau e sorriu ― Até amanhã, pai.
― Tchau cria, e cuidado hein ― piscou e Pran ficou com vergonha e saiu da casa ― Ele ainda vai fazer besteira.
― É seu filho postiço, você estava esperando o que? ― Big pegou o filho ― Vou passar o final de semana aqui, o que eu tenho que saber?
― Sobre o que? ― Pete levantou e foi à cozinha.
― Sobre as coisas daqui, eu nunca passo muito tempo ― balançou Macau que soltou um gritinho, mas logo agarrou o cordão do pai ― Falando nisso, eu tenho algo em mente, mas acho que só quando melhorar lá na matilha.
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Um bom pai •vegaspete•
FanfictionPete era oficialmente um pai ômega solteiro naquela matilha, julgado e sendo tratado como a pior pessoa do mundo, o ômega ainda tinha que ouvir que não era um bom pai só por dizer que não gostava de acordar cedo e nem ficar tendo que escutar choros...