• House of the Dragon •

• Capítulo 19 - A fúria de bronze •

                 • AEMMA TARGARYEN •

Há momentos em nossas vidas que devemos fazer escolhas, as vezes elas não são como esperávamos ou as vezes simplesmente não nos satisfazem por inteiro.

Escolhas, fazem um mundo melhor ou pior dependendo de quem as toma, você não é mau por ser mau algo te torna mau ou algo te fez ser assim,algo ou alguém.

Não sou má na verdade eu simplesmente tenho uma perspectiva completamente diferente de certas coisas, todas as coisas, todas as "atrocidades" que fiz foram incentivadas por meus inimigos e isto não há dúvida.

Nunca idealizei em momento nenhum matar exércitos e torturar pessoas mais também não tiro minha responsabilidade, eu faria tudo novamente pela minha mãe. Certa vez eu escutei a seguinte frase:

"Um herói sacrificaria a vida de quem ama por um bem maior"

Eu claramente não tenho esta compulsão, por minha família eu queimaria o mundo se fosse necessário, eu não mediria esforços em momento algum por eles. Eles são o motivo de eu não ter enlouquecido, são as únicas pessoas pelas quais eu choraria e morreria.

Rhaena precisa disto, ela tenta a tantos anos se provar tão boa quanto nós que montamos dragões que nem notamos que ela só precisava de um empurrão e eu me sinto mal por ter notado isto somente agora.

- Onde estamos indo Aemma ? - ela pergunta e eu reviro os olhos.

- Confie em mim, e para de fazer tantas perguntas - digo e ela bufa.

Entro em meus aposentos e ela vem logo atrás de mim, me viro para fechar a porta e faço um pedido a Sir Aenar.

- Por favor Sir Aenar se perguntarem de mim e de Rhaena diga que... sei lá estamos conversando sobre coisas de mulheres - digo e ele dá um meio sorriso.

- Sim alteza - diz e faz uma reverência e assim eu fecho a porta.

- "Coisas de mulheres" ? - Rhaena pergunta e eu à olho.

- Sim, qual o problema ?

- Sério ? Você nunca se interessou por isso.

- Quem sabe eu não mudei.

- Em outra vida talvez mas nesta você nunca trocará uma espada por um chá com bolachas.

- Chá é ruim ! - digo e ela ri.

- Mais então o que quer comigo ?

- Me acompanhe - digo e vou até minha cama.

A afasto com um pouco de dificuldade e ela fica surpresa quando vê um tipo de passagem, a abro e um vento gelado e com um cheiro nada agradável invade o quarto e nossas narinas. Ela me olha com uma cara de surpresa e eu simplesmente lhe dou um sorriso.

- O que é isto ??

- Uma passagem - digo levantando os ombros.

- Nossa não imaginei - ela diz ironicamente e eu solto uma risada.

- Me siga e fica sempre perto - digo e ela engole em seco.

Começamos a andar com cautela, é claro, por mais que eu conheça este lugar ela não conhece e pode acabar se assustando com qualquer tipo de barulho então eu não quero arriscar.

Quando um vento gélido choca contra nossos corpos ela agarra firmemente minha mão e eu lhe olho nos olhos e por segundos lhe passo a segurança que ela precisa para não ter tanto medo.

Ela respira fundo e solta o ar devagar e então volto a andar agora com ela segurando minha mão um pouco menos apertado. Como da última vez chego em uma encruzilhada e escolho o mesmo túnel da outra vez, um dos que está à direita na verdade.