• House of the Dragon •

• Capítulo 37 - Luto •

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   É preciso saber escolher, escolhas ditam o futuro que nos aguarda. Um exemplo de escolhas tomadas pelo desespero e sede de vingança é as de Aegon, o preço a se pagar por elas em muitas das vezes é muito alto. Mais de que importa a ele isto, se sua única preocupação no instante que tomou o trono para si é o poder que ele lhe deu.

    Não há ninguém que nasce mal, há pessoas que se tornam más. Muitas vezes a vida não lhes dão outra escolha, já em outros casos foi uma decisão individual que os levou a um caminho do qual não se orgulham, mas continuam lá.

      Por mais que não seja uma má pessoa Aegon age como tal, e sempre como o homem frágil, e incapaz de assumir seus próprios erros. Suas decisões não são pensadas, são tomadas pela emoção, culpar quem está ao seu lado virou algo comum com o tempo. Usar de sua posição pra esconder seus deslizes como estupros, interesse por rinha de crianças entre outras tantas coisas já diz muito sobre quem ele é.

       Aemma não julga ser capaz de levar Aegon a um julgamento justo, não acha que será capaz de deixá-lo vivo em nenhuma hipótese. Mais para sermos sinceros acredito que nenhum de nós suportaria olhar para o mandante do assassinato de nosso irmão, ninguém é forte o suficiente pra suportar tal coisa.

        Aemma agora corria pelas ruas escuras e perigosas de King's Landing, sabia que no castelo o crime já havia sido feito e esperava encontrar os dois homens pelo caminho. Dois homens com lenços em seus rostos guiavam a princesa que olhava para todos os lados com muita atenção.

      Quando estavam quase saindo da cidade, Aemma esbarrou em alguém, ou melhor em um homem alto e forte. Era Sangue. Ele a olhava com certa curiosidade, não via seus olhos já que a escuridão da noite não permitia. Eles carregavam uma bolsa que provavelmente tinha objetos de dentro do castelo.

       - Dará o dinheiro? - Queijo questiona.

       - Fizeram o que mandei? - ela questiona.

       - Por mais que não gostemos de ser ameaçados, fizemos sim - Sangue fala se apoiando na parede.

         Aemma olha sua bolsa, claro que tem moedas. Não iria vir para a cidade sem nenhuma moeda, só que ela não esta disposta a dá-las. Está lidando com assassinos, sabe o quanto isto é perigoso e sabe que não irá matá-los. Por mais que queira fazer isto, não é o momento, até por que ela teria outras oportunidades para tal coisa.

       - Vamos sair da cidade... eu lhes dou o dinheiro e vocês somem - Aemma fala tirando uma bolsinha e a chacoalhando - Não conseguirão ficar na cidade com objetos como estes que roubaram.

       - Não precisamos da sua ajuda garota - Sangue fala com desdém - Agora pague.

       - Vocês são idiotas?! Se ficarem serão caçados e mortos.

       - Somos mais espertos - Queijo fala com um sorrisinho nojento de lado.

        - Acredito que não o suficiente, até por que roubaram objetos que podem servir como provas - Aemma fala e os homens se entreolham.

          - Por que se importa com isto? Se vamos ou não sumir?

           - Por que ou vocês aceitam isto e o dinheiro ou eu os mato - Aemma fala e eles se entreolham - Acho que vocês tem plena noção do que sou capaz.

           - Certo - Queijo fala e Sangue somente assente.

           Os três e os dois homens de Mysaria continuam seu trajeto, quando chegam ao lugar Aemma tira algumas moedas e dá aos homens que fazem um reverência silenciosa em agradecimento. Quando sai para fora já nota o cavalo selado a esperando, olha para os homens e pega duas bolsinhas e divide as moedas.