• Capítulo 50 - Um final digno - parte 2 •

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Era o dia da coroação, com um ano de atraso. Rhaenyra estava no parapeito de seus aposentos vendo a comoção entre o povo, a grande maioria apoia sua ascensão porque a pessoas aliadas a ela convincentes o suficiente. Lembra de seu pai, tiveram momentos difíceis, falaram coisa pesadas mas sempre estavam lá um para o outro. E se martiriza todo santo dia por não ter estado com ele em seus últimos dias.

Lágrimas descem por seu belo rosto, o tempo foi generoso com Rhaenyra. Ela continuava bela, óbvio que após sete gravidez seu corpo havia mudado mas isto não tirava sua beleza. Suas roupas sempre ricas em detalhes, seus colares, anéis e brincos banhados em ouro.

Era dito que quando mais nova era mimada e muito fácil de se provocar, algumas coisas mudaram mas o fato de ser instável nunca mudou. Mas afinal de conta sangue de dragão corre em suas veias, não poderia ser diferente seu temperamento.

- Majestade - Sir Erryk fala entrando nos aposentos.

- Sim sir ?

- Está tudo pronto, o povo se dirige ao fosso e seus filhos e familiares também - fala e ela assente.

- Certo, mas antes preciso falar com uma pessoa Rhaenyra fala passando pelo guarda que a acompanha.

Enquanto isso os filhos de Rhaenyra se preparam para entrarem na carruagem, todos eles: Aemma, Jace, Luke, Baela, Rhaena, Aegon, Viserys e a pequena Visenya que vai no colo de seu irmão mais velho que adora a segurar. Estaria completo se Joffrey estivesse aqui, ainda dói saber que ele nunca mais voltará mas não como antes.

- Chegue para lá Lucerys! - Rhaena fala brava e todos riem.

- Calma Rhae.

Ela bufa e todos riem, Aenar também está com eles. Não só porque será apresentado ao povo mas também para caso seja necessário protegê-los, Aemma passa a mão por seu pescoço uma vez e depois mais duas de forma frenética, parece que ela esqueceu algo.

- O que foi Aemma? - Aenar a questiona.

- Esqueci algo - fala começando a sair da carruagem.

- Temos que ir!

- Podem ir, vou com nossa mãe Jace ela ainda não saiu - fala descendo rapidamente.

- Por favor não faça nenhuma idiotice - ele fala como a pessoa responsável que é.

- Não se preocupe, hoje estou em paz e tranquila - fala sorrindo indo em direção ao castelo.

- Boa sorte Aenar, minha irmã é uma força da natureza - fala acariciando a bochecha da irmã.

- Precisarei de sorte mesmo - o rapaz fala e ambos são sorrisos cúmplices.

Jace nem pode dizer muita coisa porque sua futura esposa é igual a Aemma, mesma natureza instável e corajosa e todos sabem que a única coisa que é possível de se diferenciar em ambas é o fato de que Baela consegue seguir uma ordem diferentemente de sua irmã.

Andando pelos corredores com certa pressa Aemma vai até seus aposentos e acha o colar, coloca e então se olha no espelho. Toda vez que o vê em seu pescoço se lembra de seu avô, e que ele lhe deu algo que pertenceu a sua avó a rainha Aemma Arryn, uma mulher incrível e mãe de sua amada mãe.

Saindo de seus aposentos Aemma tem um sorriso genuíno, parece que neste momento depois de finalmente a guerra acabar ela voltou a ser a menina sorridente que era, apesar de continuar sendo a mesma garota fria e indiferente isto não a definia por completo.

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