• Capítulo 33 - Tortura •

1K 114 17
                                    



*******

Tudo tem um preço. Até mesmo a vida tem um preço, e a morte acredito eu vale muito mais. Em um mundo como este não se paga o mal com o bem, isso não é um conto de fadas.

Tudo é devolvido na mesma moeda, na mesma intensidade e da mesma forma. Não há escapatórias, sempre haverá um acerto de contas. Sempre terá alguém para cobrar as dívidas que fizemos por aí.

Dívidas das quais, não somos capazes de quitar. Dívidas da alma, que nem a maior fortuna consegue quitar. Dívidas que não fazemos ideia do que pode fazer, mais uma coisa é certa o acerto de contas sempre chega mesmo que demore uma eternidade.

- O que Daemon fará ? - Rhaenys questiona.

- Não sei... não me importo na verdade só quero que está dívida seja paga - Aemma fala com uma frieza que parece congelar a todos.

- Ele mandará matar um filho de Aegon! Isso é uma...- um lorde começa mais Aemma bate aos mãos na mesa fazendo todos se calarem.

- Crueldade ? - ela fala a palavra e o homem engole em seco - Meu lorde... não se preocupe todos morrerão um dia, provavelmente meu pai só irá adiantar está data.

- Aemma... - Jace começa e ela o corta.

- Não tratem isto como um ato de crueldade... estamos em uma guerra e tudo vale, a morte de meu irmão não ficará impune custe isto o que custar ou a quem custar.

Aemma começa a sair da sala e não ouve nem mesmo um A sobre isto. Eles sabem que ela não medirá esforços para cobrar a dívida que os verdes fizeram, por mais que ela não saiba quem foi o mandante podemos imaginar.

E bom... ela irá ter uma prova concreta de quem foi, já que os assassinos de seu irmão ainda estão vivos. Ela fará com que eles cuspam o nome da pessoa que os enviou para que matassem seu irmão.

- Alteza onde vai? - Aenar a questiona.

- As masmorras, se quiser vim por vir - ela fala simplesmente andando em direção as escadas.

As masmorras é o lugar mais obscuro de toda Dragonstone, na verdade Aemma ia lá somente quando tinha traidores e como uma boa curiosa ela gostava de ver tudo que acontecia.

- Este lugar é...

- Perturbador - Aemma completa a frase de Aenar com certo desdém.

Eles descem pelas escadas, cada passo ecoa por todo lugar e até mesmo o ar é palpável. A respiração de Aemma é quase imperceptível comparada com a de Aenar que olha para todos os lados.

- Não se preocupe, é perturbador mais não perigoso - ela fala o olhando de canto de olho.

- Não gosto do escuro.

- Deve ter medo de pessoas não do escuro meu querido Aenar - ela fala continuando pelo caminho iluminado por poucas tochas.

- O escuto esconde coisas obscuras - ele fala atrás dela.

- Não tanto quanto pessoas.

Aemma não tinha medo de nada, além de perder sua família. Então para ela enfrentar dragões, e exércitos e até mesmo o escuro era algo normal e completamente tranquilo.

- O que irá fazer Aemma ?

- Irei fazer perguntas ao nossos prisioneiros.

- Somente perguntas ? - ele levanta uma sobrancelha e ela se vira para ele.

- Isso irá depender deles - ela fala dando a ele um olhar duro.

    Quanto mais se aproximam da cela que os dois homens estão, o lugar parece ficar mais frio a cada segundo ou melhor a cada passo que eles dão. Aemma parece não sentir isso, na verdade ela não sente nada agora.

• House of the Dragon •Onde histórias criam vida. Descubra agora