• House of the Dragon •

• Capítulo 29 - Das Cinzas •

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Teorias preenchem o mundo, fazem com que ajam perguntas cada vez mais sobre o por que existimos ou por que o mundo existe. Se perguntar sobre sua própria existência não é questionar a vida é questionar o por que de estar aqui.

Dia após dia Aemma se questionava o por que de estar aqui, o por que de não ter ido no lugar de seu tão amado irmão. Ela nunca teve a oportunidade de dizer Eu te amo por que a maneira como ela ama é diferente.

Ela fala Eu te amo dando tempo de qualidade as pessoas que quer por perto, quando era pequena escutou diversas vezes Aegon a chamando de fraca por chorar ou abraçar a mãe em momentos tristes.

Então ela se tornou isto, se tornou algo que ela nunca realmente se orgulhou profundamente. Saber lutar, montar o maior dragão ou defender a quem ama não é tudo, não pode ser somente isso.

Na visão da princesa se for para ter uma vida monótona não é preciso nem mesmo viver e de certa maneira a guerra tirou a paz de sua vida de uma maneira drástica e desnecessária.

Nunca foi triste, não. Isto não é a questão o fato é que assumiu pra si responsabilidades que nunca a pertencerão. Ela conquistou coisas que a tornarão grande e invejada, mais seu maior desejo era poder amar as pessoas abertamente sem ser julgada.

Sua crueldade e falta de compaixão não era o único legado que ela desejava deixar quando se fosse, mais seria a única coisa que ficaria se ela perecesse durante a guerra.

A morte de Jace a qual ela nunca aceitou a deixou profundamente perturbada, suas noites não eram mais tranquilas e calmas. Pelo contrário, ela era atormentada com pesadelos em que o irmão implorava por ajuda.

Aemma não conseguia se mover direito e quando estendia a mão para ele segurar, o abismo o engolia e ela não conseguia gritar, sua voz simplesmente não saia. Quando acordava, o suor escorria por sua testa e o coração disparado entregavam que ela novamente não teve uma noite tranquila de sono.

Será que isso pararia quando ela soubesse que o irmão estava vivo ? Isto mesmo Jacaerys está vivo, como ele sobreviveu é uma segredo para todos até por que isso é uma pergunta que somente o próprio pode responder.

Como enganar a morte? Como se livrar dela? Inúmeras perguntas que somente o príncipe pode responder, das cinzas ele surgiu pra buscar por justiça pelo que passou durante meses.

Na verdade ele não buscava somente justiça, buscava vingança por tudo e todos que foram feridos e passaram pelo mesmo que ele. Aemma sempre alertou que a vingança que a movia não era boa e que não queria isto para seus irmãos.

Mais quando se fica cara a cara com a morte e retorna não há outro sentimento a não ser o de reparação, de vingança, de justiça com as próprias mãos.

  

                    ******* Aquele dia *******

No dia fatídico em que foi atacado e derrubado por Aemond, estava prestes a se chocar na água junto com seu dragão, Jace por algum milagre conseguiu se soltar da cela pulando na água antes do impacto.

Mais acabou desmaiando, em seu peito ele carregava uma enorme ferida que começava na mandíbula e passava pelo seu peito do lado direito terminando quase no umbigo.

O corte era profundo e jorrava sangue, ele boiou por horas e horas durante todo o dia. Até que chegou em uma praia, ele não lembra de muita coisa somente da dor estridente em seu peito que parecia o destruir a cada segundo.

Com a visão turva e embaça, ele pode ver não de maneira clara uma mulher e uma homem correndo em sua direção. Eles faziam perguntas e ele simplesmente não conseguia soltar sua voz que parecia estar entalada em sua garganta.