• Capítulo 24 - Incentivo •

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* As falas em itálico estão no Alto Valiriano.

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Rhaenyra nunca em sua vida desejou ser mãe, muitas mulheres já nascem com essa vontade dentro de si mais com ela não era assim. Ela ainda se lembra de dizer a mãe que preferia ir a guerra do que ser mãe.

Mal sabia a jovem Rhaenyra que o parto era o próprio campo de batalha. Sua mãe a Rainha Aemma não resistiu ao parto de seu irmão, a mãe de sua mãe a mesma coisa, a mãe do seu pai e do seu marido também teve o mesmo fim pelas mesmas razões.

É sempre o mesmo motivo, sempre em partos e isso assusta ela desde da primeira vez que deu a luz. O parto de Aemma foi o mais doloroso e traumatizante, ela não achou que resistiria foi torturante e lhe fez lembrar sua mãe.

Ela sempre carregou com sigo o medo de um dia Aemma passar pelo mesmo que sua mãe passou, e o que ela passou no parto da mesma. Ela não imagina como reagiria se perdesse mais alguém no parto.

- O que tanto pensa ? - Aemma adentra o quarto da mãe que pensa silenciosamente com Visenya dormindo em seus braços.

- Em algumas coisas.

- Me atrevo a perguntar ?

- Sente - se - Rhaenyra diz colocando a mão no braço da poltrona ao seu lado.

- E então ? - Aemma pergunta curiosa, ela nunca soube esperar.

- Pensando em como perdi tantas pessoas que amo no parto - A Rainha diz olhando para a vista que a janela de seus aposentos lhe dá.

- Minha avó?

- Sim - Rhaenyra fala à filha lhe dando um sorriso fraco.

- Eu não imagino o quão doloroso possa ser - Aemma fala olhando para o mesmo lugar.

- Sabe... acho que nunca lhe disse isso mais o seu parto foi o mais difícil que eu tive... dos sete.

- Eu sinto muito... - Aemma diz como se isto fosse culpa sua.

- Não é sua culpa minha menina - Rhaenyra faz uma pausa e olha para ela - Eu sofri muito, isto é verdade eu clamei por piedade e gritei por minha mãe e quase achei que não conseguiria.

- Mãe eu...

- Eu achava que clamava por minha vida, mais não, eu clamava pela sua eu não queria que você partisse como o meu irmão partiu - Aemma fica em silêncio tentando assimilar tudo - Eu implorei aos Deuses que te salvassem.

- Até nisto eu consegui arrumar problemas - Aemma fala abaixando a cabeça.

- Não é verdade, quando eu consegui e você nasceu eu senti como se eu estivesse totalmente vulnerável naquele momento, e eu estava.

- Como assim ?

- Quando você foi colocada em meus braços eu te dei o nome de minha mãe e percebi que você a partir daquele momento era a coisa mais importante da minha vida e consequentemente minha maior fraqueza, e assim se seguiu com seus irmãos. Vocês são tudo em minha vida - Rhaenyra diz e Aemma a olha com os olhos brilhando.

- Não se arrepende ? - Aemma a questiona.

- Do que ?

- Você tinha somente 16 anos, era uma menina.

- Nunca me arrependeria, você se tornou a razão do meu viver filha, os seus irmãos... - a Rainha faz uma pausa e acaricia os cabelos da bebê - Se tornaram mais motivos para que eu pudesse continuar respirando - Rhaenyra diz e arranca um sorriso dela.

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