• Capítulo 10 - Momentos •

2.4K 211 17
                                    

                  
  
                  • AEMMA TARGARYEN •

 
    Estou aqui sentada escutando todas essas pessoas deliberarem sobre a guerra e quais decisões devem tomar, não sou paciente estou aqui por que é meu dever já que estou participando da guerra devo observar de perto o que estão planejando.

Estão falando das casas que agora nos apoiam a casa Arryn, a casa Stark que foi uma grande conquista de Jace para nosso lado, a casa Tully, a casa Grayjoy e a casa Velaryon as mais importantes em questões de poder e força, claro que dentre esses há também mais 53 casas que decidiram apoiar nossa causa, na verdade a retomada do trono usurpado de minha mãe.

       Eles falam sobre como prosseguiram já que de certa forma nós já fizemos nosso primeiro movimento nesta guerra, meu pai irá as Terras Fluviais com os Blackwood parece que o primeiro conflito de exército contra exército será lá, pelo que eu entendi. Volta e meia alguns olhares são dados a mim, já que não me pronuncio sobre quase nada, acredito que observar seja mais correto do que dar minha humilde opinião neste momento, mas se eu falasse seria a seguinte frase "Mate todos os verdes e acabem com esta guerra, temos a vantagem" por este motivo prefiro ficar em silêncio e apenas estudar o que faremos a seguir.

     - Temos que pensar como Aegon agiria minha rainha.

     - Sim majestade, como seu irmão lidaria com um ataque a sua frota?

     Minha mãe pensa por um minuto e eu reviro os olhos me levantando, várias pessoas nessa sala e elas não enxergam o óbvio?

      - Se eu fosse vocês não pensaria em Aegon.

      - O que quer dizer com isto Aemma - minha mãe me questiona.

      Me aproximo da mesa e apoio as mãos na mesma e todos olham para mim com atenção e expectativa.

      - Aegon é um imbecil... vocês devem pensar como Otto, Alicent, Aemond e Criston Cole agiriam agora - todos me olham surpresos - Aegon nunca prestou para nada na vida, ele age como uma criança mimada e fútil e consequentemente tenho total certeza de que não é com ele que devemos nos preocupar e sim com quem o rodeia, pessoas que possuem uma mente sórdida e maligna.

        - Mas Aegon é o rei - um dos lordes diz e eu me enfureço.

        - Ele não é o rei, é um usurpador e nem isto ele tem capacidade de fazer corretamente já que é tão manipulável quanto os que o apoiam.

         Depois que me pronuncio fico em silêncio novamente e eles começam a deliberar novamente de outras coisas, e eu não quero mais estar aqui. Minha mãe está em boas mãos com meu pai ao seu lado além da princesa Rhaenys, Sir Erryk e outros lordes que juraram lealdade para ela. Me levanto novamente e caminho até a porta que é aberta para mim e assim eu me dirijo até onde treinava com meus irmãos, agora não há mais tempo para fazer isso na verdade não haverá tempos bons nos próximos meses ou anos.

       Se minha mãe conduzisse esta guerra a minha maneira e a de meu pai ela já estaria sentada no Trono de Ferro, mas ela quer se mostrar piedosa então não posso fazer nada relacionado a isto.

      - Sir Aenar

      - Princesa - ele me responde.

      - Vamos andar por Dragonstone, preciso pensar.

      - Como quiser alteza.

      Saímos do castelo e começamos a andar, de forma calma e moderada sem pressa. Ele não diz nada somente me observa mas sei que ele quer algo mais não consigo saber o que. Paro de andar e me coloco a frente dele, ele olha meu rosto, demora um pouco em minha boca e depois fixa o olhar no meu, ele tem lindos olhos que te prendem se você deixar.

• House of the Dragon •Onde histórias criam vida. Descubra agora