cap 28 - she's a silver lining

312 39 119
                                    

Quimera Jones, às 8h25 (Atlanta), às 13h25 (Londres):

Eu e Joe tivemos uma leve discussão ontem à noite e acordei com esse belo café da manhã.

Acho que vou brigar mais vezes!

Bom dia/boa tarde :)


Lizzy Quinn, às 8h37 (Atlanta), às 13h37 (Londres):

HAHAHAHAHAHA

Meu Deus, do jeito que vocês dois brigam não vão sobrar frutas no mundo

Esse smoothie é de morango? Fiquei com vontade.

Qual foi o motivo da briga?

Façam as pazes na cama!

Bom domingo, Kim



Apesar de ser fim de semana, Atlanta continuava movimentada. E os céus não perdoavam o dia de descanso, portanto, continuava chovendo, como já era esperado.

Joseph havia saído, mas não avisou para onde ia – enquanto isso, Mera rodava pelo instagram em busca de professores de bateria que estivessem por perto, enquanto devorava seu café da manhã que ele preparou para ela como um pedido de desculpas.

Depois de algum tempo, ela encontrou um homem chamado Anthony Armstrong, aparentemente bastante renomado e com um instagram totalmente comercial, sem fotos que mostrassem seu rosto. Em compensação, havia diversos vídeos de seus alunos tocando maravilhosamente bem – bateria, piano, violão, baixo, entre outros instrumentos. Depois de pesquisar o suficiente para saber que ele era confiável, e de passar horas no google maps avaliando a localização, Mera pediu um táxi e foi em sua busca.

O endereço – graças a Deus – não dava em uma casa normal como as outras do bairro, mas sim em um estúdio grande, cujo nome era "AA Music", e era um dos poucos que abriam no domingo.

Mera tocou a campainha e, através da porta de vidro, viu se aproximar um homem muito bonito. Ele era alto, tinha um maxilar quadrado, cabelos lisos e loiros e olhos claros. Usava uma camiseta preta e uma calça jeans, um tanto quanto despojado, mas de uma forma boa. Quando ele abriu a porta e deu um sorriso para Mera, ela viu que ele era ainda mais bonito do que parecia ser de longe.

– Bom dia. Em que posso ajudá-la? – Ele mostra que além de bonito, também pode ser educado.

Ela sorri e coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha. Você já sabe o que isso significa.

– Estou em busca de... Hm... Anthony... – Mera não se lembra do sobrenome do homem que veio à procura.

– Armstrong. – Ele completa. – Sou eu. – E dá mais um sorriso.

Mera não pode fazer nada além de sorrir junto.

– Isso. – Ela confirma, enquanto ele aguarda saber o que ela deseja. – Vim pelas aulas de bateria.

– Ah, sim. Entre, por favor. – Ele abre ainda mais a porta de entrada e Mera passa por ele.

Está agora no que parece ser a recepção. As paredes são amadeiradas e as luzes amareladas, dando ao ambiente um clima rústico e que remete a estúdios de gravações. Há um balcão e uma cadeira atrás para que algum atendente fique, mas no momento está vazia. Existem alguns sofás de couro marrom espalhados pela sala e vários desenhos de notas musicais ao longo das paredes. É um local bonito.

– Bom, agora que você já sabe que me chamo Anthony Armstrong, pode me chamar de Thony. – Ele diz enquanto se vira para ela. – E você é...?

– Kim. – Ela levanta a mão para que Thony aperte. Ele o faz com sutileza. – Quimera Jones, na verdade. Mas, por favor, me chame de Kim.

only friend i need || joseph quinnOnde histórias criam vida. Descubra agora