only friend i need || joseph quinn

cap 34 - my honeymoon / parte 2

Aquela casa nunca esteve tão cheia e caótica.

O Sr. e a Sra. Quinn não estavam presentes, pois seriam o Melhor Homem e a Dama de Honra de Arthur e Jenny. Porém, para compensar, lá estavam: Mary, Lizzy, Gus, Joe, Mera, Sra. Jones, Oskar e seu filho mais novo, e a irmã mais nova de Jenny. Todos juntos, ao mesmo tempo, tentando manter a calma e tentando ficar prontos para o casamento que seria dali a duas horas.

Mary se encarregou de fazer não somente a própria maquiagem, como também a de Lizzy, de Mera, da Sra. Jones e da pequena irmã de Jenny – que Mera descobriu se chamar Juliet. Quando chegou a vez de maquiar Mera, Mary já estava com os nervos à flor da pele, muita dor nas costas e estresse visível em seu semblante.

– Mary, você sabe que se não... – Mera toca tranquilamente em seu braço, tentando dizer que não precisava maquiá-la se não pudesse.

Mary puxa o braço rapidamente, voltando a focar na pele de Mera e a interrompendo para que não conclua a frase.

– Não, Kim. Está tudo sob controle. Está tudo sob controle. – E não parou de repetir por um bom tempo, deixando Mera tensa sob suas mãos. Mary queria acreditar naquilo mais do que fazer qualquer pessoa crer.

Quando acabou, Mera vestiu seu vestido longo azul cobalto – que era a cor do buquê, e que tinha uma fenda discreta na perna direita, apenas para deixar seu salto alto preto amostra. Além disso, fez um penteado simples no cabelo, ainda o deixando solto – só para não ficar com a mesma cara de sempre. Fez tudo isso trancada no antigo quarto de Lizzy, juntamente à sua mãe, ambas longe de toda a baderna que reinava pelos quartos e outros cômodos da casa.

– Eu perdi cinquenta libras. – A Sra. Jones comenta, apertando os cachos de Mera para deixá-los mais armados, enquanto a filha colocava seus brincos. – Mas ganhei o genro perfeito.

Mera balança a cabeça, sorrindo de lado. – Mamãe, nós não oficializamos nada ainda.

A mais velha dá de ombros. – Não importa. Para mim e para a Sra. Quinn, vocês sempre foram namorados. – Mera ri, acabando de prender o acessório e se virando de frente para mãe.

As rugas nas testas, os olhos agora caídos, o sorriso tão parecido com o dela. Mera acaricia o rosto da mãe.

– Não sabe como estou sentindo sua falta, querida. – A Sra. Jones suspira, segurando Mera pelos ombros e puxando para um abraço.

– Mamãe. – Mera murmura, emocionada. – Também sinto sua falta. – Ambas dão uma pausa silenciosa, até que Mera pergunte, em tom baixo: – Oskar te faz feliz?

Ainda presa no abraço, a Sra. Jones assente, prendendo as lágrimas para não estragar a maquiagem.

– Como há muito tempo eu não me sentia.

Mera sorri com essa resposta, sentindo o coração aquecer. Elas se soltam e a Sra. Jones segura o rosto de Mera.

– Filha, você não deve se lembrar. – Ela começa. – Mas em 2007, quando eu viajei para o Norte... – Mera se lembrava, foi o único dia em que a sua mãe havia viajado e deixado ela sozinha. O dia em que Joseph ficou com ela em casa. – Eu fui comprar uma casa. Pretendia me mudar para lá com você, quando a vovó... fosse embora. – Ela desvia os olhos, ainda não estando totalmente preparada para falar sobre isso. Mera assente, encorajando-a a continuar. – Mas conheci Oskar, e não tomei uma decisão melhor do que me mudar para Bruxelas e viver com ele, apesar de sentir sua falta todos os dias. Estou vivendo experiências incríveis e sei que você também está. – Mera sorri e balança a cabeça, arrancando um sorriso também de sua mãe. – Mas saiba que, se por acaso, qualquer coisa acontecer... A casa é sua.