Destiel - A caçada

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Dean           

Castiel estava a minha frente, e apesar de eu ter dito que não estava bêbado, eu estava. Tudo estava girando no momento, inclusive ele. Eu comecei a beber cedo, pois talvez assim eu tomasse coragem para ao menos encará-lo, e por algum motivo, ele parecia saber que foi por esse motivo. Eu estava bêbado, mas não ao ponto de perder a lucidez. Eu estava perdendo o controle sobre o que sentia por Cas, a qualquer momento parecia que iria explodir. Me levanto um pouco tonto, meu corpo ia para lá e para cá. 

— Tá olhando o que? Não tô bêbado, já falei. – Comento encarando ele. 

— Dean, você tá quase caindo. É melhor você se deitar.

— Não, você não manda em mim. – Falo ficando a sua frente. — Já não basta o que tem feito eu passar não? Ainda quer mandar em mim?

— E o que eu tenho feito você passar? – Ele indaga.

— Essa coisa que eu sinto por você, essa droga de coisa. 

— Eu não tenho culpa, Dean... 

Eu me aproximo mais, empurrando de leve seu ombro.

— Tem. Você tem culpa de tudo. 

Castiel suspira, e eu mantenho meu olho preso ao seu, mas eles desciam até seus lábios. Coloco a mão na sua nuca, o puxando para perto de mim. Só queria senti-lo, e agora eu estava com coragem para isso.

— Dean, você está bêbado. – Cas fala, podia sentir novamente sua respiração próxima ao meu rosto. E nossos lábios estavam tão, tão próximos. 

— Não tô bêbado, já falei. 

— Você está, se não estivesse, não faria isso. – Cas sussurra próximo a mim, ele parecia estar querendo isso mais que eu. 

— Talvez eu só precisava de um empurrão. – Falo próximo aos seus lábios, roçando-os nos seus. Seus lábios eram extremamente macios, da maneira que imaginei.

Adentro as pontas dos meus dedos em seu cabelo, onde acariciava levemente. Podia perceber que a respiração de Castiel estava ofegante, igualmente a minha. E enquanto dialogamos, meus lábios mantinham contato com os seus. 

— Não quero que você precise de um empurrão. – Ele se afasta, me encarando um pouco desapontado. 

— Você não sabe o que quer. Quando eu não faço nada, acha ruim, quando eu faço, se afasta, que merda, Cas. – Falo irritado, meu tom de voz estava até um pouco alto. 

— Não quero que você me beije agora e depois se arrependa por estar alcoolizado.

— Você me confunde, tô cansando disso tudo, cansado! Eu quero você, o tempo todo, não só agora – Digo com a voz arrastada, ainda enfurecido.

— E por que não faz isso sóbrio?

— Não sei se consigo. Não consigo nem admitir que...

— Que o que, Dean?! – Cas pergunta, esperançoso que eu admitisse que eu o amo. 

— Nada, quero dormir. 

Respondo e noto sua decepção. Sigo até o sofá, me jogando nele. Cas se aproxima, me olhando.

— Um dia pode ser tarde demais, quando finalmente aceitar o que você quer pra si mesmo. 

— Boa noite, Cas. 

Respondo e fecho meus olhos cruzando os braços. Respiro fundo e ouço seus passos indo para cozinha. Eu queria, eu estava quase para beijá-lo, mas ele me impediu. Mas sentir seus lábios nos meus, os tocando, foi definitivamente uma sensação inexplicável. Um frio na barriga que jamais imaginei que teria de novo. 

Destiel - AlternandoOnde histórias criam vida. Descubra agora