Destiel - Alternando

Destiel - um final NÃO feliz

Dean

Já havia se passado dois dias que Castiel estava escondido aqui, dois dias que eu estava dormindo aqui com ele até acharmos alguma solução. Depois do acontecido, não joguei mais Playstation com ele, tive receio de acontecer algo como ele caindo em cima de mim, e me deixando totalmente nervoso novamente. Então, a única coisa que fazemos a noite é eu dormir e ele me observar. Respiro fundo impaciente, batendo um dos pés no chão. Enquanto isso, Sammy ainda buscava por respostas sobre seu sonho esquisito, a casa estava uma bagunça com tantos livros jogados e papeladas.

- Qual é Sammy, já tem dois dias que você tá nessa, foi só um sonho irmão, esquece isso. – Comentei enquanto encarava seus olhos.

- Dean, eu sei que não foi. E se eu conseguir acessar outra realidade? Uma que... Eu consiga ver a Eileen. Ou encontrar alguém que nos ajude no caso do Cas. Não temos mais ninguém nessa realidade.

De novo, checava as horas no meu relógio. Esfregava minhas mãos, estava tão impaciente e isso estava perceptível, pois Sam estava me olhando confuso.

- Dean, o Cas está forte agora, ele sabe se cuidar sozinho. Ele só foi no mercado, relaxa. – Sam me olhava de canto.

- Ele já devia ter voltado Sammy, já tem meia hora que ele saiu. E se os anjos acharam ele?

- Você tá muito aflito, tenta relaxar um pouco aí.

Nego com a cabeça, ele já devia ter voltado. Eu não podia perder ele de novo, eu precisava dele aqui. Eu tinha que ter ele aqui comigo. Me levanto passando as mãos pelo cabelo, e Sammy solta uma risada breve balançando a cabeça, enquanto me olhava de canto.

- Dean, quando você vai assumir?

- Assumir o que, Sammy? Deixa de falar besteira.

Dou de ombros e me assusto quando ouço sons de asas ecoando, era Gabriel com Castiel apoiado em seu corpo. Ele estava ferido, havia definitivamente levado uma surra. Mas não só de um, de vários anjos.

- Vai ficar só olhando? Pega seu namorado logo. - Gabriel fala diretamente paara mim.

Suspiro e me aproximo rapidamente, enrolando um dos braços de Cas no meu pescoço, sento ele no sofá com cautela, checando seu rosto, estava ensanguentado.

- O que aconteceu? - Sam pergunta a Gabriel, estava evidente em seu rosto a felicidade em vê-lo, apesar das circunstâncias.

- Primeiro, o que vocês fizeram aqui? Tô me sentindo um fracote.

- Runas. É a intenção. - Sam responde.

- Cas, você tá bem? As drogas das runas dificultam sua cura. - Falo ignorando o papo entre Gabriel e Sam.

- Sim, mas vou me curar, só preciso de tempo.

- Eu sabia que não devia ter deixado você ir sozinho, eu te falei que era perigoso.

- Eu tô bem, foram só sete anjos. Gabriel chegou há tempo.

- E se não tivesse, não posso te perder de novo Castiel. Tá... Vamos arrumar essa sua cara, você tá horrível, parece até que levou uma surra.

Cas solta uma risada fraca após minha implicância, e eu sorrio de escanteio me levantando, queria descontrair o clima. Olho para Sam e Gabriel que estavam parecendo bem felizes juntos, dou de ombros.

- Sam, vou dar um trato nele.

- Tá bom.

Caminho com Cas até a cozinha, e coloco ele na cadeira de madeira, estava bem desgastada. Procuro pelos armários alguns curativos, e depois de uma certa procura, havia achado alguns reservas. Me aproximo da pia, onde rasgo um pedaço da minha camisa, molhando-a logo em seguida. Pegava um pequeno balde de água, e deixava logo atrás de mim. Castiel estava fragilizado, ferido, e isso era culpa minha. Eu implorei para ele voltar. Me aproximo e inclino meu corpo a sua frente, segurando seu maxilar. Com o pedaço de camiseta que rasguei, passava delicadamente num dos cortes, começando a limpar o sangue.