Destiel - sem mentiras

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Dean

   Eu e Sam tentava lutar com os dois anjos, mas acabamos desacordados.
   E novamente estava somente eu e Cas na casa do Boby, ele caminhava em minha direção de um jeito que dessa vez, ele sabia que me tinha. Eu era dele, e ele era meu. Nos pertencemos desde sempre, e apesar de negarmos isso, atualmente já estava há um ponto que não conseguíamos mais evitar isso. De fato, aceitar a minha sexualidade tem sido um desafio para mim, um processo desgastante e lento, mas ele ainda estava aqui. Ele ainda tinha paciência. Ele parava na minha frente, e sorria levando sua mão até minha nuca onde com seu dedão, acariciava minha bochecha. E em questão de segundos, estávamos nos beijando de uma maneira explosiva, única e apaixonante. Nosso beijo se encaixava de uma maneira que deixava ainda mais claro que somos um do outro, que existimos para isso. Só para nos amarmos. Eu ia o levando lentamente até o sofá, onde ele se deitava e eu ficava por cima, sua mão ia adentrando aos poucos minha camiseta. Mas eu encerrava o beijo quando ouvia uma voz dentro da minha cabeça e ecoando por todo canto.

— Dean, Dean! Acorda. – Sam falava.

Era um sonho. Abria meus olhos assustado, olhando ao redor, foi tudo um sonho. Mas um sonho que sei que não ia demorar para se tornar real, pois ele só atiçou ainda mais meu desejo por Cas.

— Tava sonhando com o que? Tava até babando aí. – Sammy brincava, soltando uma curta gargalhada por fim.

— Engraçadão. – Falo e me levanto.

— Eles nos prenderam aqui. Você ainda tá com o cristal?

Estávamos em uma cela, eu odeio celas. Levo minhas mãos aos bolsos, batendo uma sensação leve de desespero. Os bolsos estavam vazios, os quatro. Levo meu olhar até Sam.

— Desgraçados. Levaram a pedra. – Digo respirado fundo.

— E agora? – Sam indaga.

— Sei lá, vamos criar um plano ou vamos tentar falar com o Castiel dessa realidade esquisita.

— Tá bom.

Caminho em direção a cela, segurando as grades. Tentava olhar o corredor, percebendo que Castiel estava logo no final conversando com alguns anjos.

— Ei, você aí, de sobretudo. Castiel, temos que conversar. – Eu gritava.

Castiel olhava na direção da nossa cela, e dispensava os anjos. Ele vinha até nossa direção, ficando de frente para nós. Sam se aproxima ficando do meu lado.

— Cas, você precisa nos escutar. – Sam falava de uma maneira calma.

— O que vocês querem? – Castiel perguntava. Ele era tão frio e distante.

— Olha, a gente só veio aqui porque precisávamos de ajuda. O nosso Cas, o Castiel de onde viemos, é nosso melhor amigo e ele confia na gente. A gente só que ir embora, não viemos causar problema.

Castiel ouvia Sam atentamente, eu não ia me meter pois quem sabia convencer as pessoas com seu jeito calmo e meigo era Sammy, e definitivamente não era eu.

— Não. Estão mentindo. Eu nunca iria me envolver com vocês. Não mais.

"Não mais?" O que ele estava querendo dizer com isso? E por que ele dizia isso olhando especificamente para mim? Arqueio as sobrancelha, estava confuso. Castiel ia se afastando.

Destiel - AlternandoOnde histórias criam vida. Descubra agora