Destiel - Alternando

Destiel - Velório

Castiel

Eu passei a noite em claro, sentado observando Dean, e apesar de eu ter diminuído o assunto sobre os anjos estarem atrás de mim, era algo que eu pensava todos os dias sobre o que fazer. Talvez, eu devesse mesmo me tornar apenas um humano, Dean agora parecia estar progredindo na sua aceitação, apesar de eu achar que a qualquer momento ele irá dar para trás novamente. Na verdade, tinha quase certeza que isso ia acontecer. As fases de aceitação própria com sua sexualidade, podem ser confusas e demoradas, e existem pessoas que nunca nem se aceitam e passam a vida se enganando, e tudo fica ainda pior quando você tem algo mais para aceitar: que é apaixonado pelo seu melhor amigo.
Meg estava de volta, e eu gostava dela, não como eu amo Dean, mas eu não podia esperar por alguém que se forçava a não gostar de mim, que me rejeitava, quando havia uma pessoa que estava ali, para mim. Mesmo que ela não fosse quem eu queria que fosse. E aquele beijo que Dean me deu, eu sabia que era apenas por puro ego. Apenas para "marcar território", o que ele só fez piorar tudo.
Eram nove horas da manhã, e Sam entrava pela porta enquanto Dean já estava acordando, terminava de fazer o café e colocava em uma xícara. Sigo até a sala, deixando sobre a mesinha para Dean.

- Bom dia, Sam. Você está melhor? Espero que tenha descansado. - Eu dizia me sentando na cadeira.

- Estou, Cas. Não se preocupe comigo. Eu estive procurando por algumas mortes repentinas ou algo assim... - Sam comentava, me fazendo franzir o cenho.

- Você descansou ou ficou a noite em claro? - Pergunto.

Enquanto isso, Dean se levantava esfregando os olhos. Seguindo até o banheiro para fazer sua higiene matinal.

- Eu só olhei, não fiquei a noite em claro. Enfim, mas não achei nada, acho que ainda está muito cedo e ele não começou seja lá qual for o plano dele.

- Sim, ou também só está esperando o momento certo pra começar.

Dean voltava, se sentando no sofá e pegando a xícara de café que deixei pra ele.

- Mas não vai demorar muito pra aquele desgraçado aparecer, tenho certeza. - Dean dizia enquanto levava a xícara de café até seus lábios, bebendo.

- Tem razão, por isso temos que ficar atentos. - Sam comenta.

Após seu comentário, o telefone de Dean começava a tocar. Ele olhava a tela, e deixava de canto.

- Odeio cobrança. - Ele dizia.

Mas em seguida, novamente ligavam quando a primeira se encerrava.

- Dean, pode ser alguém. Atende. - Sam dizia enquanto se senta na outra cadeira ao meu lado.

Dean bufa, deixando a xícara sob a mesinha. Ele pega seu celular, e atende.

- Quem fala?.... E pra que?.... Amigo? Ele não tem amigos..... Morreu? Vou passar pra ele. - Dean me olhava enquanto falava na ligação, parecendo bem desconfiado.

- Uma tal de Ana, esposa de Raziel. Ele morreu. - Dean comentava direcionando o telefone até mim.

Erguia as sobrancelhas, e pego o celular de sua mão e ele voltava a tomar sua xícara de café. Ele sussurrava para Sammy, incrédulo:

- Desde quando ele tem amigos?

- Não sei, mas Raziel parece ser nome de anjo. - Sam sussurrava de volta.