Destiel - Erros fatais

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Dean 

Sammy não estava normal, e eu já havia percebido isso. Não só eu, mas Cas também. Sam já estava no bunker, pois já era de madrugada, e a cada uma hora, mandava mensagem para ele para confirmar se ele estava bem. Eu já havia falado com Rowena, e ela disse que isso nunca aconteceu antes, o que me deixava ainda mais preocupado e angustiado. Essas coisas sempre aconteciam com a gente, e eu nunca entendia porque pequenos erros poderiam se tornar fatais. As coisas pareciam estar saindo do controle novamente, o que me causava uma enorme ansiedade. Castiel vinha da cozinha, com um pedaço de torta em um pequeno prato, me entregando. Ele sempre tentava me consolar nesses momentos, ele era meu porto seguro, e eu estava com medo dele virar o porto seguro de Meg também.

— Valeu, Cas. – Comento, pegando a torta com a mão e mordiscando. 

— Você tem que comer, o Sam vai ficar bem. 

— E se não? E se tiver algo de errado com ele? – Pergunto comendo um pouco mais. 

— A gente daria um jeito, Dean. Sempre damos um jeito. 

— Tô cansado de sempre ter alguma coisa pra dar um jeito. 

— É, eu sei. – Cas fala se sentando ao meu lado, olhando pro chão. 

— E a Meg? Tá falando com ela? – Pergunto mordendo mais um pedaço da torta. 

— Quando você e o Sam saiu, ela veio aqui. 

Ouvir aquilo, me causou um pequeno engasgo. Pra que ela teria vindo aqui? E por que só quando ele estava sozinho? E o que eles fizeram?! Coloco o pequeno prato sobre a mesinha central, e olho para ele indignado e um pouco irritado. 

— E ela queria o que? – Pergunto.

— Ela veio me ver, Dean. Só isso. – Ele respondia, parecia surpreso com minha reação. 

— E o que vocês ficaram fazendo? 

— Ah... Nada. 

— Nada? Você e ela aqui sozinhos, e não fizeram nada? Não sou idiota, Cas. – Falo me levantando, eu não estava na razão de sentir raiva. Mas não conseguia controlar a raiva quando imaginava Meg o tocando, ou ele tocando Meg. Como eles não fizeram nada? Isso era impossível. Passo a mão pelo rosto, não queria ser um babaca de novo, então por impulso, tomei uma atitude que não imaginei que tomaria algum dia. Puxo ele pelo braço, o deixando de frente para mim. Levo minha mão até sua nuca, onde o puxava para mim. 

— Dean, o que... – Antes que ele terminasse sua frase, selava nossos lábios em um beijo. 

Mas não era mais um beijo que já dei em diversas mulheres antes, era um beijo repleto de sentimento e intensidade, e ele retribuía isso da mesma maneira. Meus dedos mergulhavam pelo seu cabelo, onde eu acabava puxando, de maneira razoável. Eu estava tão imerso a ele, tão entregue, estava tudo em uma perfeita sintonia, como deveria estar. Podia sentir que ele estava entregue a mim, que a partir de agora eu poderia fazer o que eu quiser. Sua mão subia através do meu peito, até minha nuca, onde ali ficava. O beijo já estava ficando sedento de desejo, e nossos corpos imploravam um pelo outro. Mas foi aqui, que percebi que era a hora de parar. Me afasto dele, e comento enquanto ia me deitando no sofá:

— Próxima vez que pensar em ficar sozinha com aquela demônio, lembra disso. Agora vaza, quero dormir. – Falava, e apesar de eu disfarçar muito bem, eu estava desnorteado e com a respiração ofegante igual a ele. 

— Vou ficar aqui. – Cas dizia.

— Não, já falei que é sinistro você me olhando dormir. 

Cas me olhava com a boca entre aberta, tentando buscar palavras para o que acabou de acontecer, mas em vão, pois ele apenas se retira indo direto para cozinha e meio claramente zangado. Pois ele sabia que eu fiz isso apenas como um meio de marcar ele, e fazê-lo lembrar que o que sente por mim, é muito mais intenso do que o que sente por aquela mulherzinha. Cruzo meus braços e fecho meus olhos. Umedecia meus lábios, eu ainda podia sentir o sabor do beijo, que foi muito melhor do que se quer imaginei alguma vez. Mas ainda haviam pensamentos intrusivos, que fazia eu me sentir horrível por beijar um homem, fazia eu me sentir culpado. Eu não sei o que fez eu tomar aquela atitude, mas tenho quase certeza que foi o fato que eu estava prestes a perder ele, e não sei se o beijo ajudou ou piorou a situação. Com tantos pensamentos em mente, adormecia. 

Destiel - AlternandoOnde histórias criam vida. Descubra agora