Capítulo 14.

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Pequenas coisas.



Pov – Louis.

Encantador de Louis com certeza, eu penso, assistindo Harry dormir em meus braços. Não sei o que somos, ou o que temos, ele dorme comigo todas as noites e agora não só dormimos juntos, como temos uma relação. Nenhum dos dois fala sobre isso, apenas vamos levando, vivendo um dia de cada vez, mas não sei até quando isso vai ser o bastante.

Harry é cheia de vida e mexe com as pessoas, me dá um pouco de medo dessa liberdade que procuramos manter, ele pode achar que está tudo bem se envolver com outra pessoa. Não, isso é tolice minha, não posso sequer pensar nisso, eu o fiz chorar por conta de um comentário infeliz, se ele pudesse ouvir meus pensamentos agora, ficaria muito triste.

Não me importo com Harry bravo, até gosto disso, mas Harry triste é problema na certa.

Hoje não tem horta, nem senhora Adams e decido deixar que durma, ele está precisando. Fico ali assistindo seu sono tranquilo, podia sair da cama e descer para o trabalho, mas ele é tão lindo e é tão raro ver Harry assim, quieto.

− Precisa colocar uma cortina aqui, Louis. − Ele diz do nada, nem mesmo abriu os olhos. – Ou temos que fazer essas coisas lá na minha casa. − Diz se enrolando em mim e ainda de olhos fechados. – Já pensou se alguém entra aqui, ou passa na frente?

− Nem acordou ainda e já está com a mente a mil.

− Já disse que minha mente é brilhante, é hora de acordar?

Ele diz manhoso, acho que nunca dormiu tanto. Na verdade, nem posso garantir que está mesmo acordado, já que ainda não abriu os olhos.

− Quer acordar?

− Não, mas tenho uns compromissos. − Ele diz, me fazendo rir.

− O que andou aprontando, perdeu no jogo de novo?

− Eu jogo muito bem. − Ele me olha bravo. – Aquilo foi culpa sua, mas não é nada disso. Eu prometi a Beth que ficaria um pouco com a Judith, para ela procurar umas baterias por aí.

− Harry! − Eu o recrimino.

− Deixa de ser chato, o mundo está acabando, acha que só você pode se dar bem?

− Eu me dei bem? − Ele me olha feio.

−Muito bem, sou um presente para você, agradeça a Deus. − Ele ri e me beija. – Fala a verdade, eu sou perfeito para você, não é?

− Então acha que é isso que mereço, uma hecatombe?

− Olha que me faço de difícil.

Eu o puxo para mim, detesto essa brincadeira de difícil, beijo Harry longamente que corresponde. Depois nos afastamos, ele se espreguiça e quase me derruba da cama, nem reclamo, porque se não vai dizer que sou um resmungão, o conheço bem.

− Vai, vamos logo levantar, está melhor?

− Muito!

− Deixa eu fazer o curativo hoje?

Ele me olha fazendo um ar sério e sei que está fingindo, é o rei do drama, escondo um sorriso, garoto infernal.

− Para que quer fazer?

− Deve ser... Divertido?

− Maluco, não. Arruma outra coisa para se divertir, vai me machucar, é todo estabanado.

− Cara chato! − Ele suspira e sem aviso algum, decide se levantar e quando passa por cima de mim, é claro que me esmaga, só provando que é mesmo um estabanado.

Caminhando Entre os Mortos | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora