A verdade.
Pov – Louis.
O vento sopra gelado na torre, dou a última tragada no cigarro e atiro para longe, assisto ele girar no ar e cair apagado sobre o cadáver que geme nas grades, ele não se dá conta. Não se dá conta de nada que não seja carne humana.
Suspiro, preciso descer e procurar Harry, ele está decidido a falar com o Doutor S, para ele Lucas é um psicopata perigoso. Não quero duvidar de Harry, mas para mim um psicopata age como aquele maldito do Philip, de todo modo, posso fazer nada a não ser ajudá-lo a provar sua teoria.
Não posso negar que me dá medo do que aquele homem pode fazer com Harry, mas não quero dar corda para os devaneios de Harry. Fico num meio termo que o irrita e pior, qualquer coisa que eu disser, vai se virar contra mim.
− Homem infernal! − Resmungo antes de descer as escadas e deixar a torre, era meio da tarde, nevava muito a mais de uma semana. Há dois dias Harry me pedia para ter uma conversa com o médico.
Encontro Harry sentado com Beth e Carl, os três riam despreocupados, adoro sua alegria, seu sorriso franco e seus olhos brilham quando me vê. Quero que seja meu, mais do que isso, quero que seja só meu, mas qualquer coisa que eu diga, ele acha que é brincadeira ou implicância. Acredita justamente no oposto, quando falo de uma relação sólida, ele logo diz que não preciso me preocupar, como se eu quisesse me afastar disso e não o contrário.
− Ei! − Ele me chama, pisco retornando à realidade e me dou conta que estou parado diante dos três com cara de idiota. – Louis?
− Oi! − Sorrio meio de lado, com medo de alguém ter percebido o meu encanto momentâneo. – Vamos?
− Embora eu esteja disposto a seguir você até o inferno, seria bom saber onde vamos.
− Uau! − Beth e Carl brincam, me deixando sem graça.
− Ver o Doutor. − Aviso de mal humor, ele se levanta, segura minha mão sorridente e não me afasto. – Vamos de uma vez. − Deixamos os dois idiotas rindo de mim e seguimos ao encontro do médico. Doutor S estava sentado na cozinha externa que tínhamos, lia um livro, provavelmente de medicina. Harry fecha mais o casaco, se encolhe um pouco e passo meu braço por seu ombro, tentando aquece-lo.
− O que diabos faz aqui nesse frio, Doutor S? − Harry pergunta.
− Vim ler um pouco, aproveitar o silêncio. − Ele responde fechando o livro. – Querem conversar?
− Sim! − Eu respondo, uma rajada de vento faz Harry estremecer. – Podemos entrar?
− Vamos até meu quarto. − Doutor S nos convida e seguimos com ele, assim que deixamos o frio do lado de fora, me separo de Harry e ele sorri de lado, não faz nenhum comentário.
− Sentem-se.
− Doutor, sabe me responder algo sobre doenças mentais? − Ele franze a testa e sorri.
− Harry, você é meio desajustado, mas não acho que sofra de nenhum transtorno. − Doutor S brinca e Harry faz uma careta como resposta. – Agora sério, o que quer saber?
− Esquizofrenia.
− O que isso significa e de quem estamos falando? Não sou especialista, não poderia dar um diagnóstico claro, ao menos não assim, sem uma conversa e exames.
− Sei disso, Doutor, quero só uma opinião.
− Ficamos todos meios malucos com o fim do mundo, mas é um transtorno que traz alucinações e depressão. Bem, tem outras coisas, se me der mais informações, talvez eu possa ajudar.
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Caminhando Entre os Mortos | l.s version
FanficHarry está lutando em meio ao caos, os mortos se levantaram e não há como fugir deles. Quando tudo está perdido, não restando mais nada, ele o encontra. Louis Tomlinson é um caipira silencioso e mal humorado, ou era, até o apocalipse o atingir como...