Capítulo 15.

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Nasceu para mim.

Pov – Louis.

Os novos membros contam suas histórias e seguem para o bloco D, onde passariam a viver. Das pessoas que chegaram depois, apenas Harry vive no nosso bloco, ficamos apenas em família. Tyreese e Sasha, mesmo chegando após, fazem parte da gente e Harry... Bom, é como se sempre tivesse aqui e sei que não sou o único a pensar assim.

A única razão para isso, é a proteção de Judith, sua segurança sempre foi nossa prioridade, ninguém que não confiamos plenamente frequenta o bloco.

− Com tudo que trouxeram, vamos ter uns dias de descanso, conseguimos um bom estoque.

Niall diz sentado ao lado de Harry, faço que sim com a cabeça, mas não podemos esquecer do inverno, da neve e o quanto ficamos amarrados em dias assim.

− Temos que pensar na neve. − Harry diz como se estivesse lendo meus pensamentos, sorrio de lado.

− Verdade, por mim damos mais umas voltas, acho mais prudente agora do que no meio de uma nevasca, somos tantos.

− Sem dúvida, mas estamos cada dia mais preparados, esse lugar foi mesmo um presente. − Niall diz tranquilo.

− Vocês fizeram um trabalho perfeito. − Harry comenta. – Se me dissessem, eu não acreditaria.

− Foi uma luta de vida e morte, mas vencemos. − Niall se lembra.

− Tudo é uma luta de vida ou morte atualmente, fico pensando até quando vamos resistir, quantos ainda estão por ai sozinhos e perdidos. − Harry diz melancólico. – As duas meninas, nossa, quando eu as vi foi tão... Não sei, nem imagino como crianças encaram isso.

− Não vamos pensar nisso, Harry. − Niall diz e sinto que Sophia ainda é um assunto proibido para ele.

− Tem razão. − Ele diz e depois se levanta. – Vou aproveitar e dar um beijinho na Judy, ela está cada dia mais linda. − Sorri daquele jeito fácil dele. – Vem comigo? − Me convida e seguimos juntos até Beth e Zack. Logo Bravinha estava em meus braços, Harry acaricia seu rostinho, fala com ela que ri alegre e toma o bebê de mim.

Beth aproveita para dar uma volta no pátio com Zack e ficamos ali com o bebê, os dois distraídos.

− Foi difícil, não é? A mãe dela grávida, vocês nas ruas, acharam que daria certo?

− Eu sempre sigo em frente, vou fazendo o que for preciso e sem pensar muito, essa foi a maneira que encontrei.

− Acho que sou assim também. − Harry diz beijando Judith. – Estranho como gosto dela, uma coisinha.

Oli se aproxima de nós e Carl vem junto.

− Já quer sua filha, é? − Harry brinca.

− Sim, amanhã acordamos muito cedo.

Depois de encher o bebê de beijos, Harry a entrega ao pai e subimos os dois, Harry segue para própria cela.

− Onde vai? − Pergunto impulsivo.

− Me trocar, que medo de me perder. − Ele diz sumindo para dentro da cela.

Harry volta um pouco depois, usando short e camiseta e atira os sapatos para longe. Amanhã vai jurar que foram duendes que sumiram com eles, logo se deita no cantinho, como costuma dizer.

− Cansado?

− Não! − Ele responde quando me deito ao seu lado. – Foi um dia bom, fiquei feliz. Até o bruxo chegar, é claro.

Caminhando Entre os Mortos | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora