Calmaria.
Pov – Louis.
Não confio nada nesse padre, está muito limpo, muito inteiro e muito vivo para tamanha covardia. Não sei se podemos confiar nele, mas a igreja parece ser nossa melhor opção no momento, precisamos parar um minuto e pensar para onde vamos seguir.
Eu realmente não tenho ideia de como posso convencer Harry a seguir para DC, se o grupo resolver mesmo ir, não depois de saber que Beth pode estar viva. Zayn parece menos preocupado com isso do que Harry, não sei se isso é apenas uma defesa, ou se o tempo e a morte do pai o deixou assim, desiludido e cansado, mas meu maluco nunca cansa, ele acredita sempre.
Nada faz Harry parar, nem mesmo canibais tiram dele sua força de vontade, seu desejo por vida e amor. Ele acredita e está sempre me fazendo acreditar, tenho medo de um dia algo ser tão grande que ele desmonte e se quebre, é preciso um meio termo, mas Harry não conhece meias medidas, com ele é sempre tudo ou nada.
─ Se comporta lá dentro, hein. – Ele me sussurra quando nos aproximamos mais da porta, reviro os olhos, nunca soube que se importava tanto com essa coisa de religião, mas ele está mesmo preocupado em salvar nossas almas. Harry definitivamente não vive no mesmo mundo que o restante da humanidade.
─ Duvido ficar sem falar palavrão e arrumar encrenca.
─ Merda! Essa porra de boca suja é mesmo um cacete. – Ele diz, me fazendo sorrir. – Pronto, gastei todos, agora vou me comportar.
─ Eu amo você, seu maluco boca suja, Deus deve amar também, para de se preocupar com isso.
Oli abre a porta, Harry decide ficar lá fora e vou entrando para descobrir onde estamos pisando, que lugar é esse e se ele não está mesmo nos colocando numa emboscada.
Se for, os bandidos estão lá fora, porque é lá que está Harry e é sempre onde ele está, que se encontra o problema.
A igreja está limpa, não é grande, mas vai nos servir, saímos ao encontro dos outros do lado de fora.
─ Está limpa! – Oli avisa.
─ Eu ficaria surpreso se encontrassem alguém, passei meses aí sozinho sem sair.
─ Obrigado, padre! – Harry sorri para ele.
─ Encontramos um ônibus, podemos consertá-lo em alguns dias. O padre não o quer e podemos usá-lo.
Abraham diz se aproximando de Oli, o cara só tem essa maldita viagem em mente e não sei se acredito muito nessa história de salvar a humanidade.
Michonne reclama e uma pequena discussão começa, decido que podemos nos unir para encontrar comida antes de pensar sobre qualquer coisa além dessa floresta.
─ O ônibus não vai a lugar nenhum, vamos achar feijões. – Aviso a ele e puxo Harry pela mão, os dois parecem ter uma pequena rusga, ele é mal-humorado e Harry não resiste a uma boa piada.
─ Minha família não era católica. – Harry avisa quando entramos. – Nem sei o que se faz quando mora numa igreja.
─ Não faz nada, é um lugar como outro qualquer. Isso é só um abrigo, Harry, paredes e teto, somente quatro paredes e um teto.
─ Ótimo! – Ele diz aliviado.
─ Harry, não quero você provocando esse Abraham, ele não é o tipo paciente e detesto pensar em começar uma confusão, temos que ficar unidos.
─ Amor, ele tem cara de desenho animado, não tem? – Olho para ele sem acreditar. – Ele tem, Louis, e nem falei com ele ainda. Ele que se intromete nas minhas conversas e eu não vou para Washington, não sem a Beth, essa viagem é definitiva e não vou fazer isso antes de tentar.
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Caminhando Entre os Mortos | l.s version
FanfictionHarry está lutando em meio ao caos, os mortos se levantaram e não há como fugir deles. Quando tudo está perdido, não restando mais nada, ele o encontra. Louis Tomlinson é um caipira silencioso e mal humorado, ou era, até o apocalipse o atingir como...