Capítulo 32.

768 61 61
                                    

Entre a Luz e as Trevas.

Pov – Louis.

Claro que gosto de Beth, ela é importante e que faria qualquer coisa para trazê-la de volta, primeiro porque isso é o certo, somos uma família e é isso que fazemos, cuidamos uns dos outros. Mas é pelo Harry, antes de qualquer coisa que estou aqui, perseguindo um carro no meio da noite, porque Harry nunca poderia viver com a ideia de não ter feito nada e Harry é o centro de tudo para mim.

─ Então aquele grupo salvou Beth? – Niall pergunta, sem entender muito o que afinal estamos fazendo.

─ Não, a Beth é durona, ela se salvou sozinha, depois foi sequestrada por esses caras. – Explico ao Niall, não acho certo o tempo todo subestimarem a força de quem quer que seja, qualquer um que ainda respira nesse mundo, é forte.

─ Não é emocionante isso? Quer dizer, estamos com os faróis apagados perseguindo um carro no meio da noite, isso é mesmo muito louco. – Harry diz com os olhos fixos na estrada escura. – Vamos achar Beth e tudo vai ficar perfeito de novo.

─ Calma, Harry, ainda não temos certeza de nada. – Niall diz, tentando fazer Harry colocar os pés em terra firme, é uma luta inglória que já desisti.

─ Vamos achá-la, está decidido. Acho que devíamos voltar aquela questão de codinomes, esta é o tipo de aventura que merece um.

─ Você já tem um, príncipe das fadas. – Provoco e ganho uma careta, é meu menininho de cinco anos fazendo birra.

─ Cala a boca, Louis!

─ Oli vai ficar preocupado, o combustível não vai durar muito.

Chegamos a Atlanta, o carro para e um policial desce, ficamos parados, assistindo-o sumir para longe.

─ São dois, um policial? – Aquilo é muito estranho.

Ficamos mudos, esperando os próximos passos, um zumbi surge ao lado gruindo e tentando nos alcançar pelo vidro, assusta a todos.

─ Porra, que susto! – Harry diz quase pulando para meu colo, voltamos nossa atenção ao carro da frente, o homem retorna e entra no veículo, tento ligar o nosso que falha.

─ Sem combustível. – Aviso. – Vamos achar um lugar para esperar amanhecer, eles foram para a cidade.

─ Eu tenho um lugar a duas quadras daqui. – Niall avisa e os sons de gemidos surgem de todos os lados, o melhor é ir de uma vez.

Caminhamos os três em direção ao abrigo que Niall falou, os sons, as sombras e a escuridão, nunca me senti tanto num filme de terror como agora, é mesmo assustador e Harry se junta a mim.

─ Tá, eu confesso, essa merda dá medo, não parece que tem um monte de mortos a nossa espreita? – Harry me faz sorrir, é absurdamente divertido e cada vez que estamos em perigo, fica ainda mais divertido e isso é inacreditável.

Temos que derrubar alguns zumbis até chegarmos à porta, Niall escolheu um bom lugar para nos trazer, mas se demorar muito para abrir essa merda de porta, vamos trazer zumbis até da Califórnia. O som se espalha pela noite, produzindo um maldito eco que convida os mortos e seus gemidos ficam cada vez mais perto. Finalmente consigo abrir e entramos, fecho a porta atrás de mim e caminhamos pelo local.

Pego um molho de chaves junto a um corpo em decomposição, tem sempre um pelo caminho.

Niall parece conhecer bem o lugar e vai nos guiando, chegamos ao que parece um escritório.

─ Trabalhava aqui ou algo assim?

─ Algo assim. – Ele responde e sem querer prolongar o assunto, depois chegamos ao que parece um pequeno apartamento.

Caminhando Entre os Mortos | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora