Por que penso tanto nele?
Pov – Louis.
Ele é maluco, mas esperto, me irritou muito noite passada, principalmente por me fazer chamar atenção de toda prisão com uma tolice como aquela. Eu não sei como ele consegue fazer isso, mudar de assunto e interromper uma discussão para fazer comentários sem sentindo, me sinto sempre um passo atrás.
Agora deu a ideia de um conselho e isso resolveu boa parte dos nossos problemas, assim podemos decidir coisas sem criar um pandemônio, mas não sei como vai ser nós dois nesse conselho, possivelmente um vai ser expulso, ou os dois.
Por que diabos Zayn achou que eu queria beijar Harry, ou ele queria me beijar?
Não que aquela boca não seja totalmente beijável, mais que isso, aqueles lábios parecem me pedir um beijo a todo instante, principalmente quando se curvam num daqueles sorrisos de me fazer esquecer meu nome.
Estou tonto com o que ele anda fazendo com minha vida.
− O que aquele maluco está fazendo lá fora? − Me pergunto quando o vejo passear pela ponte. Felizmente estou com a besta nas costas e acho que é onde vai ficar agora que esse garoto infernal chegou, apresso o passo e entro na floresta logo atrás dele, é uma merda não poder gritar por ele.
Escuto sua conversa, será que encontrou alguém conhecido? Eu me pergunto, ele fala sobre o acampamento e a família morta. Está difícil para Harry superar tudo isso, mesmo que finja bem, eu sei que ainda dói muito e não poderia ser diferente.
Então eu o vejo falando com um zumbi, ele não pode ser assim tão idiota, mas acho que é como uma despedida, um pedido de perdão, de algum modo ele se sente culpado, eu não acho que seja, ele o derruba e eu me aproximo fora de mim de tanta raiva.
Como de costume gritamos um com o outro, ele mais, eu não sou tão sem noção assim para ficar gritando na floresta como se quisesse convidar todos os zumbis do universo para o jantar.
Harry me tira do sério, me deixa fora de mim, odeio o que faz comigo, odeio não resistir a ele como deveria.
Está furioso e isso o deixa tão lindo e tão delicado, eu não entendo como isso pode ser. Quero tira-lo de lá, mas ele se recusa, me atira palavras, grita e como sempre reajo a ele e simplesmente não posso mais resistir, o tomo em meus braços, não sabia que iria beijá-lo até que já tinha feito. Foi como uma explosão de coisas que não sabia que podia sentir, aquilo não foi só um beijo, foi mais que isso e me assusta pensar. Então afasto Harry, dou uma desculpa qualquer, ele quer a verdade, mas como não posso dizer, eu me calo.
Como posso dizer que ele anda me torturando até em meus sonhos, que penso nele noite e dia, e que se não o beijasse, seria capaz de explodir?
Caminhamos de volta, acho que de algum jeito eu o magoei, mas não tive escolha, é melhor assim, não quero viver isso, preciso evitar, não sei nada sobre romance e não quero saber. Não sou um cara que faz declarações, que tem arroubos, sou um Tomlinson, eu sigo em frente afastando tudo e todos, mas ele parece sempre imune a isso, quanto mais o afasto mais nos aproximamos.
Grito, brigo, reclamo e ele simplesmente não liga, é como se nunca tivesse acontecido, a uns minutos disse que me odeia e eu o chamei de maluco só para começar, agora estamos rindo. Simplesmente beijei Harry, gritei com ele e estamos rindo.
− Será que consigo convencer o conselho a não matar Violet? − Harry diz enquanto caminhamos.
− Acho que não, pense nas crianças que precisam de proteína.
Ele faz careta, estamos no pátio e eu devia arrumar algo para fazer e me afastar dele, mas não consigo.
− Falo muito palavrão?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Caminhando Entre os Mortos | l.s version
FanficHarry está lutando em meio ao caos, os mortos se levantaram e não há como fugir deles. Quando tudo está perdido, não restando mais nada, ele o encontra. Louis Tomlinson é um caipira silencioso e mal humorado, ou era, até o apocalipse o atingir como...