Capítulo 33.

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Coda.

Pov – Louis.

Corremos na direção que Harry apontou e Ty segue conosco, encontramos Sasha acordando, Oli nos deixa com ela e dispara em direção a saída lateral. O policial infeliz conseguiu escapar e se chegar ao hospital, tudo se perde.

─ Está bem? – Ty pergunta, ajudando Sasha a ficar de pé e ela pega a arma no chão, tem um ferimento leve na testa.

─ Estou bem, não sei como pude ser tão estúpida.

─ O Oli vai tentar pegá-lo de volta, o cara tem as mãos amarradas.

─ É alguma seita religiosa dos policiais no apocalipse, ou os outros tem cabelos? – É isso que escuto Harry dizer quando me aproximo, a mulher policial o olhava perplexa, o outro apenas fica mudo.

─ Coincidência apenas, moça. – Ele resolve responder.

─ Ah! Meio sem graça, uma seita seria mais interessante. – Harry nos nota, apressa o passo ao encontro de Sasha. – O que aconteceu? Cadê o outro careca?

─ Me acertou e fugiu, Oli correu atrás dele.

─ Que porra! E se ele não pegar, acha que estraga nosso plano?

─ Não sei, talvez apresse as coisas apenas.

─ Entendi, esse negócio de esperar é sempre tão chato. – Ele se senta encostado em um dos pilares, é um bom momento para falar sobre segurança com Harry, me sento ao seu lado.

─ Não olhe para esses uniformes como se pudesse confiar neles, Harry, não pode. Eles já foram policiais, hoje são apenas bandidos, sabe o que o Noah disse sobre esses caras.

─ Eu sei, não se preocupe, não estou tentando fazer amizade, só matando o tempo mesmo. Não confio em nenhum deles, não cairia na conversa deles como a Sasha.

─ Sei disso, mas mesmo assim, é uma negociação, Harry. Eu preciso que não se meta e que deixe o Oli fazer isso, ele assim como esses caras, já foi policial e acho que ajuda na hora.

─ Só quero Beth e Niall de volta, Louis, faço o que for preciso, não me importo com o resto. Essa é nossa família, precisamos nos reunir de novo.

─ E vamos, vai dar certo, eles não têm razão nenhuma para não concordar.

─ Noah foi bem legal ajudando, não acha? Achei que foi digno, quer dizer, nossa Beth o salvou e ele devolveu a gentileza.

─ Sim, ele fez isso, agora vamos nos concentrar em resolver as coisas.

─ Ele não faz parte da negociação, não é? Quer dizer, a gente não pretende devolver o menino para essa vaca da Dawn.

─ Não, isso não é parte do plano.

─ Isso me tranquiliza, pelo que conheço da Beth, ela não vai abrir mão dele.

Afirmo, temos que ser muito cuidadosos com isso, Harry e Beth tem algo em comum, esse senso de justiça que nem o apocalipse tirou deles e pode nos criar problemas. Além disso, temos Niall, não sei em que condições físicas está e de qualquer modo, está mergulhado na escuridão, qualquer um deles pode e vai fazer uma tolice. Eu sei disso, porque os conheço bem, um risco fora da linha e temos um grande problema.

Vejo Oli entrando sozinho, trocamos olhares quando ele se aproxima, o cara já era, percebo só de olhar. É muito para mim, segurar o gatilho de Oli e a impetuosidade de Harry, não sei, o tempo todo quero ficar esperançoso, mas está complicado.

─ Ele não parava. ─ Oli avisa.

Desde que encontramos Beth, uma coisa ou outra dá errado, mas não podemos parar.

Caminhando Entre os Mortos | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora