Capítulo 34.

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De volta a estrada.

Pov – Louis.

─ Você blefa, Beth Greene! – Harry diz, rindo quando perde pela quarta vez seguida uma mão de pôquer, sorrio quase despreocupado. Ele está de novo feliz, não foi fácil, os dois primeiros dias depois do enterro de Niall foram bem dolorosos e nem mesmo Harry pode resistir a tristeza.

Quando deixamos a fazenda, ele melhorou um pouco e arriscou um sorriso ou outro, mas hoje três dias depois, é que voltou a ser meu maluco mais uma vez.

─ Para de choramingar, Harry, o discípulo superou o mestre, admita! – Beth provoca, enquanto Carl dá novas cartas para mais uma partida, Judy sentada entre suas pernas no chão do galpão.

Achamos esse lugar no começo da manhã, depois de viajarmos sem parar desde a fazenda, decidimos ficar pelo menos uma noite e depois decidimos que caminho seguir.

Quando deixamos a fazendo, nossos planos eram apenas ir o mais longe possível do passado, mas está claro que temos que achar um lugar.

─ Deixa o Noah ganhar ao menos uma vez, ele está começando agora, é elegante, sabia? – Harry pede, depois me procura pelo ambiente, sorri quando me encontra sentado um pouco mais distante observando-o, me manda um beijo e os olhos brilham de novo.

─ Vai, Harry! – Carl o cutuca e ele o encara, depois volta o olhar para mim.

─ Acho que não quero mais brincar, estou com saudade do meu marido. – Sorrio e Oli se senta ao meu lado.

─ Nem vem, vamos terminar essa. – Carl exige.

─ Só porque apostou sua irmã, seu pai sabe disso? Que aposta Judith no jogo?

─ Não sabia, mas tem uma boca grande e agora ele ouviu. Anda, quem perder essa mão, vai passar a próxima manhã com ela.

─ Ouviu isso? – Oli pergunta. – Não é quem ganhar que fica com Judy, como pode ver, a pobrezinha não é um prêmio.

─ Parece que não. – Rimos os dois, Michonne está olhando pelo vão das portas duplas do galpão, o dia chegando ao fim. – Como estamos de suprimentos?

─ Dá para comermos agora e sobra um pouco para amanhã pela manhã, depois temos que pensar.

─ E a fórmula?

─ Meia lata, temos o bastante por dois dias e depois eu não sei, mas ela já mastiga, o que já ajuda. Então se não encontrarmos, não é nada desesperador, está tudo nas mochilas. Depois que perdemos tanto na igreja, acho bom deixar sempre tudo pronto.

─ Esse padre vai mesmo seguir com a gente? Até agora só fez coisas estúpidas.

─ Não vamos mandar o homem embora, é um covarde, mas não é o único, temos o Eugene também.

─ Grande dupla esses dois, a bravinha tem mais coragem que eles.

Oli concorda e ouvimos um relâmpago ao longe, ainda bem que temos abrigo, deve chover essa noite. Olho para o teto, tem umas poucas rachaduras, não acho que será um grande problema, suspiro e me distraio com as risadas de Harry e dos outros.

─ Beth parece bem, não acha? – Oli pergunta, assinto com a cabeça. – Melhor que o Zayn.

─ Acho que ela enfrentou muitas coisas naquele lugar, isso a fortaleceu, o Noah contou umas coisas, vamos ver como fica e eu andei pensando, o que acha de Richimond?

─ O lugar que Noah disse? – Oli questiona, eu afirmo. – Parece muito longe, não sei, Louis, realmente não faço ideia.

─ Ele falou sobre muros, casas e pessoas, pode estar de pé, acho que podemos tentar.

Caminhando Entre os Mortos | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora