Indo longe demais.
Pov – Louis.
─ Que porra é essa? ─ Harry pergunta em voz baixa. – Quem é esse babaca?
─ O Governador. ─ Beth diz, também voz baixa ao seu lado. – Foi ele quem nos atacou, conhece essa história, matou Andrea e Merle, e tentou tomar a prisão.
─ Parece que não desistiu. ─ Ele comenta, com os olhos fixos no babaca sobre o tanque com postura de general.
Ele exige a presença de Oli para uma negociação, que se recusa e informa que agora temos um conselho, que não está mais em suas mãos, mas o infeliz não abre mão. É uma vingança pessoal, não aceita que perdeu uma vez e não sei como fez para reunir essas pessoas, por onde andou, mas aqui está e é ainda o mesmo arrogante de sempre, mas agora tem um tanque.
Diante da recusa de Oli, ele faz um sinal para um de seus tolos e iludidos soldados, e para nossa surpresa, Hershel e Michonne são retirados de um carro e colocados de joelhos diante de nossas cercas. Eu fico perplexo, é inaceitável ver aqueles dois de joelhos, simplesmente impossível de compreender.
Mesmo diante disso, Oli não quer negociar, não quer estar mais uma vez com todas essas vidas sob sua guarda, mas no momento, ele não tem escolha. Não enquanto nossa família está de joelhos diante daquele imbecil com pose de dono do mundo.
─ Mas que filho da puta. ─ Harry já não é a pessoa mais elegante do mundo e diante de algo assim, é de se esperar que diga todos os impropérios que conhece. – Será que essa porra de tanque funciona?
─ Não confie num blefe. ─ Digo a ele, que não consegue desviar os olhos da cena.
O Governador insiste mais uma vez, acho que nossa única chance, é Oli ceder e seguir até ele.
Eu e Oli nos encaramos, temos uma amizade e um nível de confiança que não precisam de palavras, ele movimenta a cabeça. Eu sei que confia em mim para cuidar das coisas aqui e sabe que confio nele para resolver as coisas lá.
Antes de ir, tranquiliza Carl, o garoto é tão jovem e já viu tantas coisas. Depois eu o levo até o primeiro portão, me lembro de quando tomamos a prisão, foi um dia memorável. Não vamos perder esse lugar, é nosso lar e não podemos simplesmente nos render diante daquele lunático.
Volto para perto do grupo e Oli caminha devagar ganhando tempo, Harry me olha sem entender o que afinal se passa. Ele não sabe quem aquele monstro realmente é e do que é capaz, mas acho que entende meu olhar. Me encara, eu sei que vai ficar ali e lutar, não importa o quanto isso lhe custe, não quero pensar nisso, prefiro acreditar que temos uma chance.
Só me resta organizar uma fuga. Reúno o pequeno grupo, Sasha, Bob, Tyresse, Zayn, Beth, e claro, Harry. Carl também é um bom soldado, mas nesse momento, é só um menino assustado, e eu queria poder evitar que estivesse diante disso.
─ Eles são muitos e não vamos dar conta, estamos em menor número agora, vamos sair pelos escritórios e seguir pela floresta, como está o estoque de suprimentos do ônibus?
Temos doentes e crianças, são muitos para cuidar, precisamos de todo suprimento que conseguirmos reunir.
─ Baixo, o estoque está baixo, já estava antes do Big Spot e continua igual. ─ Sasha comunica.
─ Se a coisa ficar feia, coloquem todos no ônibus.
─ E como vamos saber quando a coisa vai ficar feia, quanto tempo esperamos? ─ Tyresse questiona, queria saber, mas não tenho essa resposta.
─ Vamos esperar o máximo que der. ─ Aviso e caminho para nossas armas, sempre deixamos tudo pronto para uma invasão, não desse tipo. Na maior parte do tempo, esquecemos que não é só os mortos nos colocam em risco, muitas vezes, os vivos são um mal ainda maior.
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Caminhando Entre os Mortos | l.s version
FanfictionHarry está lutando em meio ao caos, os mortos se levantaram e não há como fugir deles. Quando tudo está perdido, não restando mais nada, ele o encontra. Louis Tomlinson é um caipira silencioso e mal humorado, ou era, até o apocalipse o atingir como...