Capítulo 46.

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Sim.

Pov – Harry.

─ É a sua vez, amor. – Entrego Ally nos braços de Louis, que sorri abertamente. Para ela sempre tem todos os sorrisos e fico orgulhoso disso, ele não esconde nada dela. Nenhum sentimento, como faz com o resto da humanidade. – Ninguém fica feliz em trocar fraldas, Louis, não importa o tamanho do amor.

─ Eu fico. – O pior é que ele fica mesmo, vai entender a cabeça desse homem.

─ Stacy está vindo aqui, vou aproveitar e continuar minhas tentativas de convencer aquela bruxa a permitir o namoro.

─ Está a semana toda tentando, Harry. Ela sempre diz "não", vai acabar arrumar uma inimiga.

─ Não desisto das coisas fácil, tenho pena dos dois namorando escondidos. Tenho esperança de amanhã os dois poderem ir juntos ao casamento da Beth.

─ Uhum, eu sei disso. – Louis é bom nessa coisa de fraldas, consegue conversar e trocar a filha. Eu preciso de toda concentração do mundo, ou algo sempre fica torto.

─ Beth quer que vá me arrumar lá na casa dela, algumas pessoas vão.

─ Devia ir. Acho a ideia ótima, talvez ela precise de você nessa hora.

─ Mas e a Alien?

─ Ally! – Ele me corrige. Não tem jeito, quando vejo já disse. – Fico com ela, você amamenta e vai. Terá três horas livres, é o tempo de se arrumarem, depois a cerimônia e só então outra mamada.

─ Certo! Ontem experimentei a roupa rosa, achei meio largo, mas ninguém me deu ouvido e disseram que estava ótimo.

─ Então deve estar. – Ele termina de trocar nossa pequena, ergue ela nos braços e beija sua cabecinha. Ally emite um som qualquer e seu sorriso se alarga, imagino quando ela falar "papai", vou precisar ter um desfibrilador.

─ Hora do sol. – Me ergo para pegar Ally. – Você quer ficar com ela lá?

─ Não, pode ir. Vou dar uma palavra com o Bruce, Stacy deve estar chegando e ela te faz companhia. – Aceito, caminhamos para a varanda. A doutora disse que eu devia ficar uns minutinhos no sol com ela, de dez a vinte minutos. E desde então, me sento nos degraus de casa todas as manhãs com ela.

É bom, porque assim Alien vai fazendo amizade com a vizinhança, todo mundo que passa sempre para um instante. As crianças sempre aparecem e brincamos um pouco.

Stacy surgia, Louis me beija e depois beija a filha, antes de se afastar ao encontro de Bruce.

─ Como essa princesinha está? – Stacy pergunta, se sentando ao meu lado.

─ Linda! – Respondo orgulhoso, é muito bom me sentir ridículo e apaixonado, não me importo que todos notem isso. E se alguém sorri para ela, se faz um carinho ou diz qualquer coisa agradável, me encho de orgulho. É como se eu estivesse sendo elogiado, aquilo é estranho demais.

─ Chorou?

─ Não, essa noite só acordou para mamar uma vez e minha vida está quase perfeita, só falta mesmo completar essa droga de quarenta dias sem sexo. Eu não sei de quem foi essa ideia ridícula.

─ Da natureza, Harry.

─ Duvido. – Faço careta, abrindo a coberta para Ally tomar o sol nas perninhas. – A natureza é perfeita, não faria algo estúpido como isso.

─ Bobo! – Stacy ri, faz carinho nas perninhas gordas do meu pequeno tesouro.

─ Estive pensando sobre a Pam e acho que está certa em não permitir o namoro. – Coloco meu novo plano em prática, ela me olha assustada. – Eu sei, estou pedindo para que permita toda a semana, mas ontem eu mudei de ideia.

Caminhando Entre os Mortos | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora