Capítulo 21.

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Anel.

Pov – Louis.

Fico assistindo Harry dormir, esse homem vai acabar me deixando maluco, mas não importa, eu o amo e por isso não me importo de passar meus dias tentando manter meu homem vivo.

Não sei qual foi o momento mais difícil, Harry pendurado com dúzias de zumbis a espera de sua carne, enquanto eu derrubava zumbis um atrás do outro com medo de não chegar há tempo, ou o desespero de nadar e nadar sem encontra-lo, sabendo que Harry se engalfinhava com um zumbi de baixo d'água.

Achei que o dia jamais acabaria, uma confusão atrás da outra, mas felizmente estamos aqui e por mim, Harry nunca mais colocaria os pés fora da prisão, mas eu sei que não existe qualquer possibilidade de convence-lo sobre isso.

Harry se mexe e resmunga qualquer coisa, tiro seus cabelos do rosto, me ajeito na cama para olha-lo melhor. É tão lindo, dormindo me parece um anjo, quem pode dizer que se mete em encrencas a cada segundo.

−Oi! − Ele diz com a voz rouca pelo sono, sorri delicado. – Mal consigo mexer os braços.

− Por que será? − Eu brinco o abraçando mais, ele esconde o rosto na curva do meu pescoço e respira fundo.

− Gosto do seu cheiro. − Ele diz. – O cheiro da sua pele, sabe? − Me diz ainda ali escondido. – Me faz sentir vivo.

− Acho que agora, é você que está me paquerando.

− Louis Tomlinson, eu estou mesmo te paquerando. − Ele me diz sorrindo, então me dá um beijo. – Estou tentando te seduzir para evitar a bronca que vem pela frente.

− Me conhece mesmo. − Eu aviso.

− Quase morri, meus braços estão doendo e você me ama, seja generoso e pule a parte que grita comigo de novo e me chama de estupido, ridículo e todos aqueles adjetivos graciosos que conhece.

− Aprendi metade deles com você. − Eu o lembro.

− Pode ser, mas podemos pular a briga ou não?

− Podemos.

− Que homem generoso. − Ele me beija de novo.

− Que jeito, com essa cara de coitado que você faz, sempre apelando para a pena.

− Cada um usa as armas que tem. − Harry diz sem qualquer timidez, não se envergonha disso, cara de pau.

− Está com fome? − Eu pergunto – Quer descer?

− Quero. − Ele se move devagar. – Mas dessa vez preciso que se levante, não estou brincando, meus braços doem muito, vou ver se o Niall me faz uma massagem.

− Por que o Niall? − Pergunto me levantando.

− Ou o Zayn, tanto faz.

− Por que o Niall, ou o Zayn? − Me incomoda saber que ele prefere outra pessoa.

− Precisei casar com você para ganhar um cafuné, imagina uma massagem. − Ele me responde rindo e reviro os olhos irritado, não de verdade, uma irritação leve.

− Então foi por isso? − Ele se levanta, estica o corpo e geme de dor, mas também pode ser drama, seria a cara dele.

− Por isso e porque eu te amo. − Me diz, caminhando para meus braços, a irritação some, isso não pode ser normal.

− Eu faço uma massagem depois do café.

− Por que eu sou uma delícia e me ama muito?

− Porque só faz merda e vive com problemas. Vem, ainda quero achar uma arma adequada para você.

Caminhando Entre os Mortos | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora