Capítulo 3.

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Desculpas.

Pov – Louis.

O garoto diz um monte de desaforos sem sentido e depois corre para dentro, me deixando plantado no meio do pátio feito um idiota, preciso me controlar para não correr atrás e sei lá, ele me tira do sério.

Não sei o que pensar sobre Harry, a cada instante meus sentimentos por ele mudam.

Fiquei completamente furioso quando Tyreese me disse que ele saiu, organizei em cinco minutos um grupo de busca, nessa hora não estava mais furioso e sim completamente preocupado.

Achar seu rastro foi moleza, já que Tyreese sabia a direção que ele tomara, mais uma vez fiquei furioso quando o vi caminhando sozinho na floresta, sem se dar conta de que estava sendo seguido. Usei a desculpa de que queria saber o que ele pretendia fazer, como se desconfiasse dele, mas não desconfio, ele é o tipo que não esconde muito.

Harry se enrosca na árvore, coloco o zumbi na mira, mas ele se vira bem, mata o infeliz do jeito mais desengonçado que já vi, tenho vontade de sorrir e não sou muito de sorrir.

No acampamento fico de novo furioso, mas logo quero consolar o pobre quando sai da barraca abraçado a um livro e com sinais de ter chorado. Então me lembro da estupidez dele em sair sozinho e me vejo querendo socar algo, mas ele tinha que cair sentado na minha frente e se melecar todo com os restos de um zumbi, tinha que fazer aquela cara engraçada e eu tenho que fingir que não estou me divertindo.

E no caminho de volta, ele e Zayn, sempre Zayn, começam aquela conversa sobre romance e relacionamentos, presto atenção feito uma senhorinha fofoqueira, nada pode me irritar mais que isso.

Num misto de sentimentos, eu o escuto deixar claro que é virgem, aquilo mexe comigo, não sou do tipo que se importa com algo assim, mas me sinto completamente confuso quando se trata desse homem.

Zayn quer achar um par para ele e quando vejo, estou descontrolado, mando que calem a boca, uma droga de descontrole que eu não tinha mais, não tanto.

Preciso ficar longe dele, apenas isso, o mais longe possível. Ele é encrenca, se quiser sair de novo que saia, não vou mais atrás, não me importo, ou não quero me importar, mesmo me importando.

− Trouxeram coisas muito boas, armas, munição, foi sorte ninguém ter achado o acampamento! − Oli diz me trazendo de volta a realidade.

− Foi. − Eu respondo sem muito ânimo, assistindo a noite cair.

− Tem algo entre vocês? − Ele me pergunta e meu sangue ferve, sem entender bem o porquê.

− Por que quer saber, está interessado? − Pergunto fingindo que não me importo, pela risada de Oli, não sou bom ator.

− Claro que não, sabe que isso nem passa pela minha cabeça agora, Lori... – Ele se cala. Que idiota, Oli acaba de perder a esposa, e eu achando que ele está interessado em Harry, mas acontece que ele é simplesmente lindo, nunca fiquei tão consciente da presença de um homem como quando estou perto dele, na verdade mesmo longe. – Não sei não, você está muito tenso, irritado com o garoto e todas essas brigas...

− Tolice, Oli, está vendo coisas. Ele me irrita, apenas isso! − Chega desse assunto, eu decido. – Vamos comer, amanhã o dia começa cedo.

Eu entro no refeitório e sem conseguir evitar, dou uma busca pelo lugar, nada de Harry. Preciso decidir se isso é bom, ou ruim.

Como sentado na escada do refeitório, meu lugar favorito, assisto quase distraído a confusão com todo. Tem muita coisa para ser feita, penso quando me levanto para levar meu prato e seguir para minha cela.

Caminhando Entre os Mortos | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora