Carta aberta: As inseguranças e pesadelos. 16/05/2022

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Deixe me ir...não aceito mais tuas esmolas

Não aceito mais tuas incorporações em mim.

Não reproduzo e nem dependo...não te repreendo e nem replico.

Jamais quero a tua volta...

Porém como uma companheira fiel jamais vais embora.

Talvez como um cão que sempe voltará ao dono

Mas sempre como uma âncora que aos poucos me afunda, sempre me levando mais ao fundo.

Como a corrente marítima que me leva ao mar aberto e aos perigos da natureza.

Deixe-me aqui para nadar só

Suplico a ti

A solidão me cairá bem, prometo.

Portanto vá, e jamais olhe pra trás.
Ensurdecida,cega e muda...deixe-me
Pra nunca mais voltar, deixe-me
Enquanto houver vida, siga
Mas por favor, te suplicarei, não me volte.

Não me traga este aperto no peito.

Não me traga as tuas falácias.

Não me traga o teu rancor.

Te repúdio, porém devo aprender a amar-te.

Afinal...você é uma parte de mim, que não se envergonha de temer por tudo.
Porém isso cabe somente a mim...Então deixe-me, vá e diga que acabou.

Que jamais iras voltar e que tudo não passou de um simples desbalanceamento hormonal.

Como um desequilíbrio.

Um mísero tropeço.

Que jamais volte a ser quem era antes.
Jamais controle-me novamente, jamais toque em minha respiração e mente.

Isso é uma súplica, que não será atendida, portanto que diminua sua frequência.

Tua perversão em mim.

Que tua mão jamais volte a machucar o meu corpo.

Que nenhuma garrafa convença-me a lidar com coisas.

Que nenhum líquido me trate e destrate novamente.

Palavras aleatórias de uma mente pulsante aleatória(0-20)Onde histórias criam vida. Descubra agora