Palavras aleatórias de uma mente pulsante aleatória(0-20)

Enfim, Calor.

Andei por vários lugares...por várias memórias...vários momentos que o tempo jamais trará de volta.

Estarei agora na rotina dos ares que apesar dos pesares levam tudo.

Um novo dia, uma nova cor. Talvez tons diferentes, o frio não mais me aflige e está tudo bem.

Agora compreendo, a aceitação de que tem momentos que são pra si. Quanto mais dizes, menos entendo suas palavras.

Abracei a mim,( finalmente), seguindo a estrada tingindo com minha cor o meu caminho, várias camadas em uma só pessoa.

Antes acreditava que iria me tornar alguém digna de repúdio, de tanto ensinada a engolir lágrimas quase me afoguei.

Parei de pedir a aprovação, não questionei mais. O que tiver que acontecer irá acontecer, porque pra  não vai ter mais sentido brilhar para iluminar o escuro do outro.

Não sabia o quanto precisava disso, não temo a mais ninguém. Tentei, e consegui...hipocrisia...melhorar as custas de cortes de laços que eu jurei que iriam ser pra sempre...em minha mente pelo menos.

Nunca esquecer é o meu forte, quase não me reconheço na maior parte das vezes em que contínuo a viver...porém estou viva...viver é muito estranho...porém de um jeito que deveria ser bom.

Eu vivo pedindo desculpas...em meus sonhos...quando acordo... quando faço meu café...inconscientemente pedindo desculpas...mesmo sabendo que nada vai mudar...mesmo sentindo tudo...acontece.

Tantas coisas acontecem...e a melhor resposta pra todas essas que me aconteceram é...acontece.

In(ou) felizmente...acontece. Sentimentalmente...eu sinto paz, eu nunca estive tão sozinha e tão bem em estar sozinha na minha vida...o que é assustador. Sem poesia, sem versos, sem amarras e palavras bonitas. Sem gritos, sem discussões, sem...ninguém...o silêncio é confortável.

Saio sozinha e retorno sozinha. Converso com quem conversa comigo...porém...ainda sozinha. Mente só, corpo só, emocional só...justo eu que tentei preservar tantas relações pra sentir o calor...não digo mais do que posso e nem menos do que quero...simplesmente não digo.

Tão silencioso...e acontece.

Sabe...tudo acontece.

E nada para, se eu acerto o mundo continua, se eu erro ele também continua.

A única pessoa...que realmente me massacrou fui eu. Por entender o peso dos meus atos... e justamente por isso até pensei em me punir fisicamente...mas nada repararia...nada mesmo. Tudo é tão incerto, tudo é tão repentino que...simplesmente "acontece".

E isso é terrível.

E tá tudo bem.

As coisas acontecem, tudo muda. Pessoas mudam, coisas mudam, seres mudam,nada é completamente estável.

Afinal...a vida seria horrível caso se mantivesse estável o tempo todo.

Admitir sentimentos é algo difícil, eu acredito que pra todos...e isso é normal. Estar bem com a consciência pesada é horrível...mas é melhor desse jeito.

Para nunca mais trilhar por caminhos que já andei. Me perdi no caminho mais de uma vez, e acontece.

Eu não sinto mais frio...ou pelo menos não tanto frio.

E tá tudo bem.

Sabe...nem tudo precisa ser um discurso bonito...e palavras complicadas...as vezes...é só...ir.

Foi rápido...eu sabia que ia acontecer...e tá tudo bem. Pelo menos...foi. O amargo agora desce sem problemas...o doce também. Nada é o que parece, tudo é sobre como se responde ao ambiente.

E o silêncio nunca foi tão quente.

Sem álcool, sem drogas, sem causar danos físicos em si, sem causar pressão psicológica, sem forçar nada. E isso é calor. É quente.

É fervente...sem mais qualquer vontade de auto destruição.

O verão e o calor me caem muito melhor do que o inverno.

Finalmente...eu saí do frio.

Com o choro da liberdade de não mais tentar me esconder de mim, de quem eu sou. De tudo que fui e de quem serei, e sinceramente é melhor assim.

O ardor da verdade...que rasga e marca minha pele...ele é ótimo.

O tempo vai passar, nada é pra sempre porém ele veio.

O Verão...finalmente...ele está aqui sem frio.