Palavras aleatórias de uma mente pulsante aleatória(0-20)

Medos? Desejos? Mas com certeza confusões

O que eu faço com isso?
O que eu faço com você?

O que eu faço com as coisas que gostaria de viver com você?
A resposta é simples. Eu sei o que fazer.
Mas...

Porque isso me rasga? Porque isso me tira sangue?

Eu sei o porquê.  Eu tenho que te soltar.

E soltar sempre dói, sempre. Especialmente quando se quer gritar e segurar, agarrar com todas as forças pra que não escape.

Mas é o melhor...
Eu me tornei quem mais temia.
A pessoa boba, chorona, que não consegue esconder mais as coisas.

Mas eu sou eu. E você é você. Por isso...eu...irei te soltar.

Estar longe...não é estar perto.

E os dois ao mesmo tempo não dá.

Eu nunca quis...soltar. Mas é necessário. Afinal...ciclos devem terminar, não é?

Eu tenho a certeza...que pelo resto da minha vida. Essa vai ser a maior dor. De todas elas...Desculpa.

Mas eu não consigo...eu não consigo...tem momentos...que eu só queria...ser.

Eu gostaria de poder estar junto.

Eu amaria.

Eu pagaria o que fosse.

Mas não dá, e isso é amargo.

Amargo ao ponto de fazer o meu pobre café se tornar mel em minha boca.

As vezes, sair...dói. E de todas as saídas, você será a minha pior. Porque você...foi minha melhor decisão...e agora aos poucos eu preciso me enganar.

De fininho.

Ir embora sem olhar pra trás é difícil quando tudo era incrível, mas eu prometo, que pretendo de passo em passo...sumir.

Não de fato, só dos meus sentimentos exagerados e desnecessários. As vezes faz bem não sentir tanto, porque eu já vivi muito intensamente e isso me dói.

Eu amo na mesma porcentagem em que odeio.

Por isso sofro.

Falar a realidade dói.
Sentir ela então, dói muito mais.
Isso...dói.

Mas a dor nos ensina a estar vivos.
Só...por favor...fique bem.

Por favor. Fique. Bem.

Por favor...fique...bem?

Vá embora.

Eu preciso...que você vá. E eu sei que quando você for, eu irei chorar muito mais do que já choro.

Eu...tenho que te deixar ir...alguma hora.

Eu preciso parar...você precisa parar de ser você, para que eu pare de chorar...por ser você.

Eu...preciso te soltar.

Você precisa andar...Desculpa.

Eu não consigo parar de pedir desculpas...porque dói. Dói saber que não existe mais e dói entender que a necessidade de empurrar pra longe é maior que a de deixar perto.

Eu só...queria poder ficar pertinho. Mas não dá.

Pessoas...mudam e eu preciso mudar. Pelo seu bem e do seu futuro.

Mas caralho...é tão difícil ir contra a minha própria vontade.

Caralho....

Eu....só queria...ver a felicidade em ti....mas preciso entender....que isso...e tudo mais têm um preço.

Eu sei como me sentir.

Eu tenho não dúvidas pois eu sei sentir. E é o que mai faço, eu sinto por mim e por ti.

Eu achei que me libertaria disso um pouco mas...pelo visto não por inteiro.

Quer dizer, eu já melhorei muito por mais que melhora não seja 100%, eu gosto de acreditar que tem coisas que não me afetam mais...por isso emocionalmente eu estou bem.

O amor visceral que eu sinto intensamente pode finalmente ser colocado em uma caixinha. Finalmente, controle? Não.
Não é controle, somente sei como lidar e fazer com que nada que eu sinta me coloque novamente em perigo.

Eu sou o meu pior pesadelo e a minha redenção.

Não mais em uma necessidade sucinta de sobrevivência, agora, já possuo um pouco de maturidade pra me entender. Pra chorar. Pra viver um pouco.

Eu não mais me escondo nas sombras de mim, vivo na luz. Apesar da vontade ferrenha de novamente me esconder em trevas.

Falar a verdade sempre dói.

Mas me esconder dói muito mais.

Eu não saberia por onde começar se não por todas as dores que senti. E parando pra pensar...não foram poucas.

Causei também dores. Eu sou quase a que desejo ser.

Perto mas longe.

Eu...sinto uma confusão grande em mim.

É complicado entender as próprias definições de amar alguém, eu tive poucos amores e tenho um amor...mas até onde os meus amores são diferentes do meu amor?

É a intensidade? É o jeito que eu paro no meio do meu dia e penso em ti? É o jeito que eu quero seu cheiro e teu gosto? O que te tornou tão diferente assim do meu cotidiano...que eu não consigo te expulsar ? Me explica.

Porque esse é um mistério. Que força é essa? Que imã é esse? E porque eu não consigo sair?

Eu...não sei explicar...mas agora eu entendi. Por entender o que sinto choro. Por entender o que sinto me lamento pelos cantos procurando pelo teu olhar a cada esquina que cruzo.

Não alivia, não passa. Nada supre essa vontade de amar por inteiro. Arrependimento esse que vou levar pro resto da minha vida.

Não te segurar...vai ser o maior arrependimento de toda a minha vida, eu tenho total consciência disso. Por isso eu já sinto a dor. Porém eu não posso fazer nada, não é? É essa a minha sina.

É o meu karma. Por isso eu rezo toda noite baixinho, depois de chorar as minhas pitangas, rezo pra que você viva. Eu peço baixinho...a todos que puderem atender que nos teus dias escuros, as estrelas iluminem teu caminho. Pois eu sei que a sua caminhada não é comigo e isso me rói a alma.

Me consome. Eu te seguro como água em minhas mãos aonde sei que no fim das contas...não é possível permanecer assim por muito tempo. E por isso meu coração me odeia. Minha mente deseja me matar.

Pois...que escorra. Que você passe entre meus dedos mas eu jamais irei te segurar.

A última vez que tentei me agarrar a algo assim, fui a faca que feriu alguém que não merecia ser ferido. Portanto...é o melhor, que eu continue sendo até o meu fim. Eu serei meu porto, é o que pretendo.

Meus pensamentos soltos e leves a voar por ai.

O importante é continuar a dança, a música não para, o carrosel anda mais rápido e o maestro da vida nunca para.

Portanto , eu continuarei a dançar o meu solo que é uma pequena porção desse universo. Eu não posso receber gentilezas, gentilezas me deixam irracional. Tal qual elogios, por isso prefiro críticas. Para saber quando melhorar. Elogios são complacentes com o estado nefasto da estagnação e isso é...difícil.