Why?

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Porque? 

Porque eu faço isso?

Porque eu sou assim?

Porque eu não consigo ser uma pessoa que não estraga tudo?

Eu... sinceramente, gostaria de parar de ser assim. 

Isso é horrível.

Eu não quero ser assim.

Porque eu não nasci de alguém normal?

Porque eu...sou isso?

Eu... quero ser alguém normal.

Sem essas coisas que...eu faço.

Eu vou mudar isso, porque eu não sou isso.

Eu não quero continuar sendo isso.

Eu vou  mudar.

Porque eu fiz isso?

Porque eu tenho tanto medo de falar?

Porque eu tenho medo de perguntar?

Eu...não vou continuar sendo assim.

Eu preciso mudar, eu vou mudar.

Se eu consegui mudar hábitos piores, eu consigo mudar isso.

Se eu não conseguir, eu vou viver eternamente na sombra do que a minha mãe me causou.

E eu prefiro a morte do que levar uma vida assim.

Eu tenho medo de ser da família, porque a última vez que me disseram isso, eu fui praticamente abandonada.

Deve ser isso.

Inconscientemente eu devo estar tentando ir embora, antes que me expulsem de novo.

O que torna tudo mais irônico, é que a pessoa que me expulsou diz que não o fez.

Eu tenho medo de ser um peso pra minha...família, mais do que já sou.

E tenho medo de ficar e me machucar de novo como todas as vezes que eu procurei amor familiar.

Pode ser isso.

Possivelmente é isso. 

Se não fosse eu duvido que estaria chorando á meia noite por algo, que supostamente é tão banal.

Se fosse só isso eu não estaria com a perna tremendo, sentada com ânsia de vomito.

Se eu não sentisse esse medo de ir embora, eu jamais estaria aqui agora, jamais estaria tremendo.

Isso explica a maior parte das minhas inseguranças em relações no geral.

Mas eu não sou isso.

Eu não serei isso.

Mas porque eu tenho tanto medo disso?

Porque dói.

Por isso eu prefiro ir embora, porque ficar sem a certeza de permanecer dói, ainda mais quando quem me deu a certeza foi a primeira pessoa a me mandar embora.

Eu preciso consertar isso. De algum jeito.

Eu preciso me consertar.

Mas o medo sempre vai caminhar comigo, infelizmente.

Porque no fundo, eu não sei como me desfazer dele.

O medo é tudo que eu tenho da minha mãe, é tudo que ela me deu.

Ainda mais agora que ela quer ficar comigo mais, parece até piada e uma de muito mal gosto.

Eu não sei ficar, mas não quero ir. 

Não sei relaxar mas preciso descansar. 

É muita contradição em um corpo só.

Eu preciso, parar de me apegar ao medo da perda. Que de um jeito ou de outro será iminente, porque pessoas morrem e nada é para sempre, só a morte se mantém estática. 

O que me faz questionar se todos os meus pensamentos suicidas na realidade eram só o desejo de ser amada.

Ou melhor, de não ser abandonada em nome do amor. De finalmente ter algo que não me deixe com medo, talvez seja por isso que eu não tenho tanto medo de morrer, em contrapartida eu tenho muito medo de ver outras pessoas morrerem.

Por isso eu gostaria, de morrer antes de todos.

Antes de absolutamente todas as pessoas que algum dia passaram pelo meu caminho.

Porque perder e soltar me assusta.

Além de covarde, eu sou medrosa.

Que ótima combinação.

Palavras aleatórias de uma mente pulsante aleatória(0-20)Onde histórias criam vida. Descubra agora