Devaneio 01/11/2022-00:59

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Talvez...

Eu te encontre de novo

Em alguma esquina no canto do teu olhar

Ou na calada da noite

A noite que espera sem olhar pra trás

A mesma noite em que eu sempre vos encontro

Aquela noite onde existe o fantasmagórico apreço a lua

A mesma que recebe o frio como um inconsolável acervo

Acervo de tristezas, pensamentos gelados e geadas de ansiedade

Onde a geleira da alma se nega a abrir-se ao calor da libertação

Quando tudo se torna gélido e pacato

Talvez eu encontre-a novamente

Aquela que me reduz a amontoados simples de carne

A lua minguante que toda via me reduz ao nada

Em um simples admirar sou reduzida ao pó

A lua sempre me reduz ao nada que sou representando sua magnitude

Tão majestosa aos seus saberes e deveres

Que diversos poetas, sejam amadores ou não dedicaram suas vidas e estudos a ela

Não me considero nenhum deles

Jamais regojizaria de tal título, a poesia não me cai bem

Afinal, os cultos poetas são os sonhadores

Não pretendo me considerar uma

Sonhadores são ingênuos, infelizmente a minha ingenuidade foi destruída

Não tenho mais direito sob a mesma

Jamais serei uma musicista como os gregos antigos descreviam

E muito menos uma ginasta

Porém meu coração sempre servirá a arte das musas

Sempre fadado a encarar a lua com a dureza da realidade

Não como os poetas

Jamais como os poetas líricos

Porém sabendo que aquela inspiração sempre trará a tona uma vida

Não sabe-se boa ou má, porém algo surgirá

Trazendo flores ou fumaça

Porém a mudança é inevitável

Mesmo que se feche o céu e que o sol se apague

Quem vir saberá e aquele que escutar entoara para sempre os cânticos a lua

Afinal a maior beleza é aquela inalcançável,

Aquela que somente se almeja sem esperança de conseguir

A beleza na alma

Aquela em que as palavras te somem

Que os pensamentos não proferem

Carregados de flores

Vivas ou mortas

Continuam belas

Palavras aleatórias de uma mente pulsante aleatória(0-20)Onde histórias criam vida. Descubra agora