Capítulo 11

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Pra alegrar esse feriado. Ah, e feliz 8 anos de Anavit! 🤍

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Depois de terminarem o jantar, durante o qual quase não soltaram suas mãos, Ana e Vitória foram para o apartamento da cacheada. A médica deixou a namorada em casa, e se despediu afirmando que precisaria voltar cedo no outro dia para o hospital. Vitória, por sua vez, adiou sua ida o quanto pôde com beijos, e, ao fechar a porta do apartamento, soltou um suspiro apaixonado, chamando a atenção de Júlia, que estava sentada no sofá lendo um livro. Ao vê-la, a amiga arqueia uma sobrancelha.

- Vi, que cara é essa? - Pergunta Júlia, fechando o livro e o colocando na mesinha de centro. 

- O quê? - Pergunta Vitória, ainda meio abobalhada.

- Tá legal - Júlia ri. - Eu sei que você é bem avoadinha, mas aí já tá demais. O que foi que houve?

- Eu tô namorando - Vitória levanta a mão enquanto diz isso, mostrando a linda aliança que agora dividia com a jovem neurocirurgiã.

- AAAAAAAAAAAA - Júlia grita, correndo até a amiga e a abraçando apertado. - Tô muito feliz por ti, minha amiga. De verdade. Vocês têm tudo pra dar certo.

- Ela parece um sonho, um sonho bom, sabe? Lugar pra se fazer ninho e não ir mais embora.

- Agora me conta como foi esse pedido, pelo amor de Deus. 

Depois de explicar tudo, Vitória e Júlia vão dormir, já que a advogada teria fisioterapia no dia seguinte. Ela ainda não havia tirado o gesso do braço, mas vinha tendo sessões regulares de exercícios para fortalecer a musculatura do restante do corpo, que passou certo tempo sem ser usada quando a moça estava internada. Ana e Vitória foram dormir aquela noite sonhando com um lindo futuro, duas jovens apaixonadas. 

No dia seguinte, a médica chega ao Hospital Geral de SP com um lindo sorriso no rosto, indo direto para a sua sala. Ela teria duas cirurgias naquele dia, e foi guardar seus pertences antes de ir ao centro cirúrgico, para realizar a primeira delas, uma ressecção de tumor cerebral em lobo temporal. Lá chegando, encontra a dra. Manoela Gavassi, anestesista de sua equipe. 

- Bom dia, Aninha! 

- Bom dia, Manu! 

- Que sorrisão é esse, hein?

- Ah, eu... - Ana abaixa a cabeça sorrindo de canto, e coça a nuca, como sempre fazia quando estava nervosa ou envergonhada. 

- MENTIRA! - Antes que Ana pudesse explicar, Manu já percebera a aliança dourada em seu anelar. - VOCÊ TÁ NAMORANDO?

- Para de gritar, maluca! - Ana ri. - Tô, eu tô namorando sim.

- Posso saber quem é a pessoa sortuda?

- Acho que eu que sou a sortuda. Ela é linda. A mulher mais incrível do mundo.

- Preciso conhecê-la. Tenho que agradecer ao sol por aquecer a pedra de gelo. 

- Besta - as duas riem. - O nome dela é Vitória Falcão. Foi minha paciente aqui.

- A moça dos cabelos cacheados? 

- Isso - Ana sorri. 

- Ela é linda, amiga. Eu a vi algumas vezes por aqui mesmo. 

- Sim, ela é - Ana suspira, lembrando-se da namorada. - E então, bora operar?

- Claro. Mas, antes, tenho que te pedir um favor. 

- Pode falar.

- Você tem plantão de 48h esse fim de semana, né?

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