Conversa

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A tarde passou voando, não falei tanto e apenas respondia perguntas feitas e direcionadas para mim. De resto deixei Hana e Hina encherem o saco de Bakugou até chegar ao fim de tarde, quando o pôr do sol começou a aparecer.

Me levantei do sofá de onde mal fiz questão de sair e nem de ir para longe e deixá-las a sós com o loiro, não por medo dele fazer algo mas por medo delas fazerem ou falarem algo.

São duas fofoqueiras de primeira e sabe-se lá o que elas podem falar.

As gêmeas foram para o quarto alegando que iriam ficar na pracinha que tinha no condomínio então acharam melhor irem se ajeitar. Apenas confirmei com a cabeça.

– Izuku.. quer dar uma volta para conversarmos?

Antes de sair da sala com os pratinhos em mãos e sujos de bolos, me virei levemente para encarar o mais velho por breves segundos, piscando e dando de ombros voltando a sua caminhada em direção a cozinha.

— As gêmeas vão ficar na pracinha aqui embaixo por pelo menos umas duas horas, não tem porque sairmos.

Ele começou a lavar as coisas e sentiu a presença de Bakugou ali na entrada, mas não se virou para encará-lo, focando o olhar no que fazia. Escutou os passos do sapato do mesmo a cada vez que ele chegava mais perto de si e então uma cadeira foi puxada e o loiro se sentou.

– Certo. Espero elas saírem?

— É, caso contrário elas vão ficar escutando e não vão querer descer.

Riu fraco e foi acompanhado por Bakugou com o riso, ambos ficaram em silêncio e a única coisa barulhenta ali era a água que caia.

— Café?

– Quero.

Finalmente se virou e notou que o loiro não tirava os olhos de si, o acompanhando por onde fosse e o que fazia. Aquilo fez as famosas borboletas no estômago se fazerem presentes em sua barriga o deixando constrangido.

— Eu vou colocar uma bermuda.

Avisou ao lembrar que ele estava apenas de cueca e blusão e apenas saiu da cozinha depressa, deixando a água ir esquentando no fogo aceso.

Encarou a porta do quarto das meninas e deu dois toques e entrou e observou-as ajeitadas para descer.

— Já vão? Tomem cuidado e Hana, por tudo o que é mais sagrado nesse universo, não arrume briga. Entendeu? Por nada. Ignora ou coisa do tipo. Pelo menos durante uma hora, depois se implicarem com você e sua irmã pode cair no soco tá?

A garota deu risada e confirmou com a cabeça. Hina negou e passou as mãos no rosto, suspirando baixinho.

– Izu não deveria falar esse tipo de coisa pra mana.

— Eu sei, eu sei. Mas.. durante uma hora ela não vai arrumar confusão com ninguém e você não vai deixar, tá? Sinto que essa conversa vai demorar muito e eu não quero ser interrompido pelo menos durante uma hora inteira.

Hana e Hina abriram um sorriso sapeca e Izuku apontou o indicador para as duas, fazendo uma careta e mandando-as irem logo. Ele saiu dali e entrou no próprio quarto, começando a procurar por uma bermuda e depois de achá-la ele a vestiu e acabou indo arrumar algumas coisas no quarto, esquecendo tanto da água quanto de Bakugou na cozinha. As meninas já tinham saído àquela altura quando ele voltou para a cozinha e deu de cara com o loiro terminando de passar o café.

– Servido?

— Hã? Ah! Meu Deus!

Se aproximou e encarou a garrafa de café cheia, juntando as sobrancelhas e virou a cabeça em direção ao mais alto que sorria enquanto tinha duas canecas de café em mãos e uma delas já estava com o líquido.

Babá do filho dos BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora