Talvez eu comece a sentir falta desse lugar, de algumas pessoas daqui e de muitas e muitas festas que esse colégio já me proporcionou nesses três anos de estudo. É engraçado como passou rápido, como muita coisa aconteceu em menos de um ano na minha vida.
A vida é engraçada. O destino é engraçado. Muitas coisas são engraçadas. Não sou muito de pôr a culpa no destino ou de agradecê-lo, mas nesse momento eu o agradeço.
Nunca, em hipótese alguma, que eu iria me ver na situação que estou. No momento em que me encontro, sentado em uma cadeira de um restaurante caro e muito, muito bonito. De frente para o garoto do qual eu jurei que nunca iria me dar bem, tendo um momento incrível e único. Um jantar maravilhoso em um lugar ainda mais maravilhoso.
Era fim de ano, a última semana de aula havia acabado naquele dia, naquela sexta-feira. Agora era a hora de realmente ir atrás do meu próprio local de trabalho e aprender muitas coisas.
Mas eu poderia fazer isso no início do ano que vem. Espero que possa fazer isso no início do ano que vem.
— Por que o convite para jantar do nada?
Observei o rosto que me arrancava sempre um sorriso ou uma gargalhada sincera. Talvez, muito talvez, eu esteja literalmente e completamente apaixonado por aquele garoto à minha frente.
– Eu queria lhe contar uma coisa.
Observei seu rosto mais um pouco e notei que além do sorriso nervoso, ele por si só parecia bem nervoso.
— O que foi? Aconteceu alguma coisa?
Senti seus dedos encostarem nos meus e então entrelacei e segurei com um pouco de força.
– Não, não aconteceu nada.. digo, ainda.
Murmurou sem graça e sorriu. Ele ergueu a taça com o vinho e bebeu um pouco do mesmo, parecia querer se descontrair um pouco.
— Então o que é?
Ainda não estávamos juntos oficialmente, por mais que todos do grupo sabiam, então sentia meu coração acelerar com a possibilidade de acontecer um pedido ali.
Escutei seu suspiro e observei o mesmo abaixar a taça e colocá-la no local de volta, observei o mesmo se ajeitar e soltar minhas mãos e também o observei levá-las até o bolso de seu paletó, algo que eu não iria vê-lo usando nunca mais depois da formatura, provavelmente.
Por pouco o esverdeado sentiu a respiração dele falhar e a prendeu e logo soltou quando percebeu que o que o mesmo retirava do bolso interno da roupa era um envelope, e não uma caixinha de alianças. Talvez eu tenha me precipitado ou me iludido demais nesse momento. Claro que o loiro não iria fazer tal ato em um restaurante.
Que ingenuidade a minha.
— O que é isso?
Quis saber, curiosidade estava falando mais alto e também queria não demonstrar desaponto.
– É uma carta..
Franzi as sobrancelhas e então peguei a mesma quando o mesmo me entregou, observei o envelope e percebi que era uma carta de uma faculdade.
— Você.. passou?
– Abra.
Fiz o que me foi pedido e então li o papel com calma até chegar na parte em que diz que o mesmo foi aceito na faculdade que ele queria fazer.
— Você foi aprovado! Parabéns, meu amor!
Disse com um sorriso enorme nos lábios, levantei a cabeça para encará-lo e notei que o mesmo sorria, não consegui não sorrir ainda mais. Estava muito, muito feliz por ele. Ele faria o que gostava e entraria para a faculdade desejada, isso é perfeito!
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Babá do filho dos Bakugou
FanficMidoriya decide arrumar um emprego e acaba achando um que é perfeito para ele. Trabalharia como babá, quem não gosta de crianças? Ainda mais se for aquelas que nem andar sabem, são fofas e algumas até mesmo são calmas.. o Izuko só não imaginava que...